O juiz federal participou de um evento sobre o combate do Judiciário à corrupção, na sede do TSE.
O juiz federal Marcelo Bretas, responsável pelos casos da Lava Jato no Rio de Janeiro, criticou nesta Segunda-feira (180507) a estratégia de políticos para saírem da mira da operação e encaminharem seus casos para a Justiça Eleitoral.
Bretas participou em Brasília-DF do Fórum Democracia Euro-Brasileiro, na sede do Tribunal Superior Eleitoral - TSE. O juiz federal participou de um painel sobre o combate do Judiciário à corrupção.
“A Justiça eleitoral é especializada, mas precisamos reconhecer que ela não tem estrutura necessária para enfrentar algumas situações”
Avaliou Bretas.
O juiz federal destacou que os juízes eleitorais são temporários e não são de dedicação exclusiva. Além disso, frisou que o corpo técnico da Justiça Eleitoral é especializado, mas os juízes eleitorais, não.
Sem citar nomes de políticos, Bretas afirmou:
“O sonho de alguns acusados é levar (os seus casos) à Justiça Eleitoral”
“A ideia é criar um caminho o qual não leve a lugar nenhum, fingir que a coisa vai para a frente e a punição será efetiva”
Completou, ressaltando o fato de na esfera eleitoral as penas serem baixíssimas.
“Eu temo que a Justiça Eleitoral seja usada para a manutenção do status quo, para que tudo isso que esteja sendo investigado não seja efetivado”
Alertou Bretas.
Na abertura do painel, Bretas ressaltou: “o Poder Judiciário precisa ouvir as ruas”.
O juiz federal também comparou os crimes de corrupção a genocídios, ao sustentar que eles “têm efeitos coletivos”.
Com Informações de: Metrópoles.
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