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21 abril 2018

POÇOS DE CALDAS-MG - Escrivão é solto mesmo após condenação por morte de músico

Júri popular condenou Thiago Galvão Bernardes a pouco mais de dois anos de prisão. Justificativa para liberdade é que acusado já estava preso desde a data do crime.

                  Após mais de 12 horas de júri popular no Fórum de Poços de Caldas-MG, o escrivão da Polícia Civil acusado de matar o músico Yuri Antônio Gonçalves Vilas Boas foi condenado a dois anos, um mês e 12 dias de prisão. 

                  Mesmo com a sentença, Thiago Galvão Bernardes não deve voltar à cela especial em Belo Horizonte-BH, onde estava preso desde a data do crime, em maio de 2016.

                  Segundo a assessoria do Tribunal de Justiça de Minas Gerais, um dos motivos para a liberdade do escrivão é o tempo que ele já ficou preso, o equivalente à sentença aplicada nesta Quinta-feira (180419). 
                  Assim, logo após o julgamento, a Justiça expediu o alvará de soltura do policial.

                  Dentro da sentença final, um ano, seis meses e 20 dias foram aplicados por homicídio culposo, sem intenção de matar. O restante é referente ao crime de fraude processual, por ter alterado a cena do crime.

                  A denúncia do Ministério Público, porém, era de homicídio doloso. O argumento do advogado de defesa, Marcelo Campos Leite, para conseguir a aplicação de homicídio culposo, era de que o tiro teria sido acidental.

                  Segundo a promotora Luz Maria Romanelli, o Ministério Público vai recorrer da sentença por entender que a decisão foi contrária às provas dos autos. Por enquanto, o escrivão aguarda os recursos em liberdade.

                  Thiago Galvão Bernardes foi trazido de Belo Horizonte para o júri popular em Poços de Caldas. Ele estava preso na capital na cela especial para policiais em uma casa de custódia.

                  Procurada pela equipe de reportagem da EPTV, afiliada da Rede Globo, a família de Yuri, que mora em Botelhos-MG, não quis comentar o caso. 
                  Os advogados da vítima foram procurados, mas até esta publicação, não haviam falado sobre a decisão do júri.


O crime

                  A vítima, Yuri Antônio Gonçalves Vilas Boas, era de Botelhos-MG e morava em Poços de Caldas

                  De acordo com a polícia, no dia 22 de maio de 2016, o escrivão, o estudante e uma terceira pessoa estavam em um bar da cidade e depois seguiram para o apartamento desta pessoa.

                  Uma testemunha contou que quando chegaram ao local, o escrivão sacou a arma e disparou, aparentemente sem motivos. Após o tiro, o dono do apartamento fugiu do local e acionou o socorro. 
                  Quando a polícia chegou, o músico já estava morto, e o escrivão foi encontrado ao lado do corpo, confuso e com sinais de embriaguez.

                  Thiago Galvão Bernardes, que trabalhava na Delegacia de Cabo Verde-MG, foi preso em flagrante após o crime. 

                  Segundo a polícia, ele chegou a ficar afastado por 8 meses devido a problemas de depressão, antes de cometer o crime.

                  Com Informações de: MinasHoje.

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