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02 abril 2018

BRASÍLIA-DF - Defesa Civil vistoria prédios e descarta danos em estruturas

Ao todo, 25 edifícios foram inspecionados. Terremoto na Bolívia foi sentido em várias regiões do DF.

                O terremoto originado na Bolívia e sentido em diversas regiões do Brasil nesta Segunda-feira (180402) não gerou dano material aos edifícios impactados no Distrito Federal, afirma a Defesa Civil. Nas horas seguintes ao tremor, técnicos vistoriaram 25 edifícios que chegaram a ser esvaziados na área Central de Brasília-DF.

                Até as 16:00 horas, engenheiros e técnicos da subsecretaria de proteção descartavam "qualquer tipo de dano às estruturas"
                Neste horário, ainda havia previsão de avaliar outros sete prédios.

                Segundo o Observatório Sismológico da Universidade de Brasília - UnB, os tremores foram reflexo de um terremoto de magnitude 6,7 ocorrido na Bolívia. No Distrito Federal, quem estava no Plano Piloto-DF, na Esplanada dos Ministérios, no Guará-DF e em Planaltina-DF relatou "sintomas" do terremoto.


Prédios do centro de Brasília são esvaziados após tremor de terra

                A sensação se repetiu em diversas regiões do país. 
                Ainda pela manhã, houve registro de desconforto, alerta e interdição de áreas em São Paulo, Santos-SP, Marília-SP, São Carlos-SP, Araxá-MG, Belo Horizonte-MG, Uberlândia-MG, Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina.

                Pela manhã, o Observatório Sismólogico da UnB chegou a pontuar o "tremor" na Bolívia com a magnitude de 6,8. À tarde, o dado foi fechado em 6,7. Ainda segundo os pesquisadores, o epicentro ocorreu a 548 km de profundidade – com margem de erro de 2 km, para mais ou para menos.

Sem danos materiais

                Ao G1, o subsecretário de Defesa Civil do DF, o coronel Sérgio Bezerra, afirmou que na perspectiva dos especialistas da área, "está tudo dentro da normalidade, e nenhum dano material foi observado em estruturas de Brasília".

"Em nenhuma edificação foram encontradas fissuras, trincas ou rachaduras decorrentes desse abalo na Bolívia."

                Apesar disso, Bezerra destacou que é importante 

"observar manifestações de possíveis problemas estruturais ou em função do terremoto"

                Em casos como o registrado nesta segunda, o coronel recomenda "manter a calma", esvaziar o prédio e entrar em contato com a Defesa Civil por meio do telefone 199.

E o viaduto?

                Questionado pela reportagem, o coronel Bezerra afirmou que a Defesa Civil não foi chamada para vistoriar a estrutura do viaduto que desabou há quase dois meses na região central de Brasília. O equipamento está escorado por vigas de metal e concreto e, por isso, segundo explicou, "resiste tranquilamente".

"Para essas estruturas, a sensação é a mesma quando passa um carro pesado e a estrutura balança, não significa que vá desabar."

Restante do viaduto que desabou no Eixão será demolido, diz governo do DF

                A Defesa Civil explica, ainda, que eventos como tremores de terra são muito sentidos em edificações mais altas. 
"Quanto mais alto o prédio, mais fácil apresentar esse fenômeno, por conta da distância para o solo".

Prédios esvaziados até as 12:30 horas:

                Ministério da Educação;
                Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços;
                Ministério da Justiça;
                Infraero;
                Tribunal Regional Federal da 1ª Região - TRF-1;
                Anvisa;
                Terracap;
                Codhab;
                Tribunal de Contas do DF;
                Rodoferroviária - DFTrans e Adasa;
                Prédios do Setor Bancário Sul - Banco do Brasil, Caixa, FNDE;
                Prédios do Setor de Autarquias Sul - OAB, IBAMA;
                Prédios do Setor Comercial Sul;
                Universidade Corporativa Banco do Brasil;


O que explica?

                Os tremores de terra sentidos no Brasil foram brandos porque o terremoto foi "muito profundo", segundo o professor de sismologia e pesquisador do Observatório Sismológico da UnB Lucas Vieira Barros. A 500 km de profundidade no epicentro, a energia se dissipou até chegar a cidades brasileiras.

“A região dos Andes é muito ímpar quando se fala em sismologia, tanto em termos de magnitude, quanto em profundidade. Na região, estão em contato as placas de Nazca e a Sul-Americana. Em razão disso, foi nesta região, mais precisamente no Chile, que houve o tremor de maior magnitude de que se tem notícia, de 9,5 em 1970.”

                Segundo ele, é possível que haja outro temor na Bolívia, mas ele não deve chegar até o Brasil desta vez. 

"Normalmente, após um tremor de alta magnitude, ocorre um réplica, um abalo secundário. Via de regra, ele tem magnitude menor – geralmente é de 1,2 graus a menos que o primeiro."

"Por isso, não há nenhuma possibilidade de que produza qualquer reflexo no Brasil."


                Mesmo que ocorra um terremoto de magnitude ainda maior, dificilmente geraria dano no Brasil, aposta Barros

"Em razão da distância e da profundidade, a energia se dissipa muito facilmente."
               
                Com Informações de: G1.

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