Teresa Cristina acredita que filha está em estado de catalepsia e se nega a sepultá-la antes de novo laudo. Médico legista diz que 'a chance de ela estar viva é zero'
A mãe da jovem declarada morta, aguarda há horas no Instituto de Medicina Legal - IML de Maceió, ALAGOAS, o resultado do exame de necropsia que deve atestar a causa da morte da menina.
A certidão de óbito foi emitida no Domingo (171112), mas até esta Terça-feira (171114) Teresa Cristina Mendes, 48, se nega a enterrar a filha por acreditar que ela está viva.
"Não sei quanto tempo vai durar o exame.
Mas eu sei que ela está viva.
Se não estiver, enterra e pronto"
Disse Teresa à reportagem do G1.
O exame foi solicitado pelo delegado Manuel Wanderley Cavalcante, que foi acionado nesta manhã à casa da família após tumulto por causa da situação.
A confirmação da morte pelo Instituto de Medicina Legal - IML saiu no início da noite.
Débora Isis Mendes de Gouveia, de 18 anos, foi hospitalizada no dia 6 de novembro com infecção urinária. O problema de saúde se agravou e, no dia 12 foi dada como morta.
Na certidão de óbito consta que ela morreu devido a uma infecção renal.
A família, entretanto, suspeita de que ela não tenha morrido porque, segundo relatos, o corpo não esfriou, ela não estava dura e também não tinha odor mesmo dias depois de atestada a morte.
A mãe diz ainda que há histórico de catalepsia na família, um fenômeno que deixa a pessoa em um estado que pode ser confundido com a morte.
Sobre esta suspeita, o médico legista Kleber Santana explicou ao G1 que a possibilidade de a menina estar viva é remota.
"Em 17 anos, nunca vi um caso como esse no estado. Segundo a literatura [médica], até 48 horas a pessoa pode estar em catalepsia. Depois disso, o corpo não suporta e a pessoa pode morrer de fato. Se for um caso de catalepsia, depois de tanto tempo, a chance de ela estar viva é zero"
Explicou o legista.
Ele esclarece que a catalepsia não é uma doença, mas um fenômeno raro.
“A catalepsia se manifesta quando o organismo entra no nível basal, de consumo mínimo de energia. A pessoa diminui a quantidade de batimentos cardíacos, de impulsões respiratórias. Ele apresenta sinais vitais, mas são mínimos, e assim ficam imperceptíveis ao tato, à audição. São esses sentidos que a gente utiliza para dar um diagnóstico imediato”
Cidade inteira mobilizada
O caso movimentou a cidade de Rio Largo-AL, na Região Metropolitana de Maceió-AL, onde a família reside.
Os moradores da região também dizem acreditar que a jovem está viva.
"Eu acredito em um Deus vivo.
É uma menina evangélica.
A mãe dela não é louca.
Ela não está fedendo.
É capaz de ela se levantar dali para mostrar a muita gente que Deus existe"
Relata.
Ailton Gabriel dos Santos, 43 anos, esteve na casa de Débora e fez uma oração com a família nesta manhã.
Ele afirma que viu a menina chorar.
"Quando a gente estava orando, a lágrima dela desceu. O irmão dela pegou na mão dela, e ela apertou. Colocaram algodão em todos os lugares, não era para terem colocado. Isso aí que está acontecendo é milagre de Deus. Eu creio no Deus do impossível"
Diz um vizinho da família.
Com Informações de: G1.
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