PESQUISA NESTE SITE:

24 maio 2017

BRASÍLIA-DF - Ato contra Temer tem confronto; prédios da Esplanada estão em chamas e são evacuados

Ministérios foram alvo de vandalismo. PM estimava 35 mil manifestantes até as 15h40; organização não informou número.


              Houve vandalismo e confronto entre a polícia e manifestantes em um protesto em Brasília-DF nesta Quarta-feira (170524). Um grupo colocou fogo no Ministério da Agricultura, mas o incêndio já foi controlado. 

              Servidores dos ministérios receberam ordens de evacuar os prédios por volta das 15:30 horas. A PM atirou balas de borracha e gás lacrimogênio, enquanto manifestantes atiravam pedras e tentavam avançar em direção ao Congresso.

              Os manifestantes pedem a renúncia do presidente Michel Temer e criticam as reformas trabalhista e da Previdência. Às 15:50 horas, havia cerca de 35.000 pessoas na Esplanada dos Ministérios, segundo a PM
              A organização do protesto não informou o número.

              Quatro pessoas foram detidas e uma ficou ferida por arma de fogo, segundo a Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal. Um dos presos é um professor do Espírito Santo que estava acompanhado da filha, menor de idade. Três dos detidos portavam entorpecentes e arma branca, segundo a Polícia Militar.

              Por causa do tumulto, boa parte dos manifestantes começou a deixar a Esplanada dos Ministérios por volta das 16:15 horas.


Danos a ministérios

              Nesta tarde, vários atos de vandalismo foram registrados ao longo da Esplanada dos Ministérios. Houve incêndio no Ministério da Agricultura. Equipes do Corpo de Bombeiros foram ao local e informaram que o fogo foi extinto por volta das 16:15 horas.

              Também foram danificados os prédios da Fazenda, Minas e Energia, Planejamento e Turismo, além do Museu da República e Catedral Metropolitana. Fachadas foram pichadas com palavras de ordem como "fora, Temer" e "diretas já".

              Grupos também quebraram vidraças e refletores. Pastas e documentos foram retirados dos ministérios da Cultura e do Meio Ambiente, que dividem o mesmo prédio.

              A confusão começou por volta das 14:00 horas, quando ativistas de rostos cobertos tentaram furar o cordão de revista policial, montado pela PM entre a rodoviária do Plano Piloto e a Esplanada dos Ministérios

              Houve corre-corre, e os manifestantes conseguiram furar o bloqueio, entrando na área da manifestação com hastes de bandeiras, materiais explosivos e perfurantes. Segundo Polícia Militar, grupos levavam estilingues para atirar pedras contra policiais.

              Imagens feitas no local mostram uma série de pessoas sendo imobilizadas e carregadas pelos policiais.

              O protesto foi convocado por centrais sindicais e ativistas políticos e divulgado em redes sociais. Até o meio-dia, os organizadores não informavam estimativa de público. 

              Segundo a Secretaria de Segurança Pública do DF, o ato reunia 25.000 pessoas no entorno do estádio Mané Garrincha até as 11:30 horas.

              Ônibus chegaram ao estacionamento do estádio Mané Garrincha na noite de Terça-feira (170523) e manifestantes reunidos pela Força Sindical montaram acampamento próximo a Funarte e a Torre de TV

              O presidente da Confederação Nacional dos Metalúrgicos, Paulo Cayres, disse que a reunião de manifestantes em Brasília tem um forte peso.

"Estamos vindo mostrar que não concordamos com o que está sendo feito pelo governo. 
Não concordamos com as reformas, queremos eleições diretas e poder discutir sendo também sujeito do processo."

              De acordo a Força Sindical, vieram 41 ônibus de Santa Catarina, 51 de Goiás, 40 do Mato Grosso do Sul e 160 de Minas Gerais. Na Torre de TV e próximo a Funarte, a Polícia Militar estima 300 ônibus de várias localidades. A organização afirmou que as viagens estão sendo custeadas pelas centrais sindicais de cada estado.

              Há manifestantes de diversas cidades de São Paulo, Minas Gerais e Goiás. A liderança da Força Sindical informou que há cerca de 1.800 sindicatos representados. O Diretor Nacional de Educação Sindical Nova Central, disse que até às 10:00 horas, 6.000 pessoas estavam em Brasília representando a entidade.

“A intenção é demarcar contrariedade, rejeição à medida que tira direito dos trabalhadores.”

              Alguns manifestantes carregam caixões para representar a morte dos direitos. Participantes da Força Sindical colocam faixas de “Fora Temer” e “Nenhum direito a menos” sob os caixões. O diretor financeiro do Sindicato dos Mototáxis de Brasília, Rubens de Almeida, informou que 120 motociclistas participam do ato.

              Agentes penitenciários também carregam faixas contra a reforma da Previdência. Para o servidor Jairo César Rodrigues, o governo conseguiu unir as centrais sindicais. 

“Esse governo conseguiu unir as centrais em um só objetivo o que não aconteceria há muitos anos.”

              Na manhã desta Quarta, a Polícia Militar fiscalizou 53 ônibus ligados à Central Única dos Trabalhadores - CUT, vindos de Goiânia e do Pará. Segundo os policiais, foram recolhidas pedras, canos de PVC, hastes de madeira e um facão.

              Bernardo Piloto veio de Curitiba com a Sindicato dos Trabalhadores da Universidade Federais do Paraná para lutar contra um governo que ele diz considerar ilegítimo. 

"Queremos eleições diretas e não, de novo, um governo não eleito pelo povo."

              Participaram da cobertura os repórteres Graziele Frederico, Letícia Carvalho, Luiza Garonce, Mateus Rodrigues, Marília Marques, Beatriz Pataro, Elielton Lopes, Marina Oliveira e Yasmim Perna.










              Com Informações de: G1.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Deixe seu comentário!
Seu nome e sua cidade são indispensável

JISOHDE FOTOGRAFIAS

JISOHDE FOTOGRAFIAS