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21 janeiro 2017

TAGUATINGA-DF - Polícia investiga depredação de 40 túmulos em cemitério do DF

Administradora diz que local foi invadido de madrugada e danos atingem apenas parte externa das sepulturas. Visitantes criticam insegurança no local.


              A Polícia Civil do Distrito Federal procura quem depredou túmulos do cemitério de Taguatinga-DF, que amanheceram destruídos neste Sábado (170121). Pelo menos 40 lápides foram "reviradas" de madrugada. Alguns jazigos tiveram a estrutura de mármore danificada por completo.

              A empresa Campo da Esperança, que administra o espaço, afirmou que o cemitério foi invadido de madrugada. "Verificou-se que as depredações atingiram somente a parte externa das sepulturas. Os restos mortais ali sepultados permaneceram intactos. A concessionária tomará todas as providências necessárias para sanar o problema o mais rápido possível, sem ônus aos proprietários."

              O assistente técnico Joelton Ribeiro relatou ter recebido um telefonema informando que o túmulo da avó tinha sido depredado. 

"A gente tem um responsavel por limpar e estar cuidando. Hoje ele ligou avisando que tinha sido quebrado, com as pedras e tudo. Quando cheguei lá, por onde a gente andava, estava assim"
              Contou o morador de Ceilândia Sul.

"É um desrespeito a gente chegar lá e ver isso acontecer com uma coisa de um nosso ente querido, que a gente tenta cuidar, porque é uma memória que fica. Eu fico frustrado pela falta de segurança"
              Continuou Ribeiro, de 33 anos. 

"Lá está tudo fechado. Entraram lá e quebraram tudo e a gente não tem uma resposta concreta da própria administração do que vai ser feito. Enquanto isso, vai ficar aberto."

              A bancária Laiennny Jales teve o túmulo dos avós revirado. Segundo ela, o episódio demonstra a falta de segurança no cemitério, uma vez que o túmulo fica a poucos metros da administração. 

"É um sentimento de revolta que vem com esse desrespeito, essa desumanidade"
              Afirmou a jovem, de 28 anos.

              Sobre as críticas à segurança, a Campo da Esperança afirmou que equipes com vigilantes desarmados trabalham, em escala, nas unidades. 

"O trabalho é feito por 24 horas. Além disso, cada turno conta com um carro para ronda nas unidades da Asa Sul, Taguatinga e Gama. A segurança é terceirizada e conta com três vigilantes noturnos em Taguatinga."


Curiosidades

              De acordo com a Campo da Esperança, empresa que administra os cemitérios de Brasília-DF, há mais de 400 mil pessoas sepultadas na cidade. A inauguração do Cemitério Campo da Esperança, na Asa Sul-DF, ocorreu em janeiro de 1959. O corpo do engenheiro Bernardo Sayão, pioneiro que ajudou a construir a capital, foi o primeiro a ser enterrado no local. No mesmo ano foi inaugurado o cemitério São Francisco de Assis, em Taguatinga. Na década de 1960, outros dois foram abertos: o do Gama-DF, em 1961, e o de Sobradinho, em 1962. Em 1970, o de Planaltina e, por fim, em 1972, o de Brazlândia.

              As sepulturas mais visitadas no Campo da Esperança são as de Bernardo Sayão, do presidente Juscelino Kubitschek, da filha dele Márcia Kubitschek, de Ana Lídia Braga, da atriz Dulcina de Moraes, de João Cláudio Cardoso Leal, de Marco Antônio de Velasco e Pontes, de Mário Eugênio de Oliveira, de Maria Cláudia Del’Isola, de Jorge Cauhy Júnior, de Rafael Ferrante Perez, de Edilson Cid Varela e de Lauro Campos.

Concessão

              A Campo da Esperança administra os seis cemitérios de Brasília desde 2002. Para vencer a licitação, a companhia não teve de pagar nada. Por outro lado, 5% do que fatura são repassados para o GDF

“A contrapartida oferecida ao governo de Brasília foi o investimento em infraestrutura em todas as unidades administradas e o serviço social totalmente gratuito para o Estado”
              Informou. 

              A empresa não confirmou o número total de indigentes enterrados em cada cemitério, mas disse que são sepultadas de 80 a 100 pessoas por mês nas áreas sociais.

Estatística

              No DF, são realizados cerca de 900 sepultamentos por mês, disse a Coordenação de Assuntos Funerários do governo. Metade das pessoas é enterrada em túmulos com a família, afirmou o órgão.

              Com Informações de: G1.

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