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02 junho 2020

MONTES CLAROS-MG - Pais criam 'cortina do abraço' e filhos reencontram professora após meses sem aulas: 'Surpresa mais linda que poderia receber'

Cortina do abraço' foi levada até a porta da casa da professora Meyre Lidório, em Montes Claros (Mg). Ela trabalha na educação infantil há 14 anos e ficou longe dos alunos por causa da suspensão das aulas em função do coronavírus.


                  Há mais de dois meses sem poder abraçar seus alunos devido à pandemia do novo coronavírus, uma professora da educação infantil ganhou uma surpresa. Os pais das crianças levaram uma “cortina do abraço” até a porta da casa dela em Montes Claros-MG. Um vídeo mostra como foi o reencontro.

“Eu não sabia de nada, eles já estavam pensando em tudo. Entraram em contato com as minhas filhas e planejaram sem eu desconfiar. Ter a oportunidade de abraçar meus alunos mais uma vez, em tempos de tanta angústia e sofrimento, foi a surpresa mais linda e mais forte que eu poderia receber. Quase morri de tanta emoção, foi perfeito!”
                  Conta Meyre Lidório.

                  A cada abraço, a cortina era higienizada. Alunos e professora trocaram carinhos sem que houvesse contato e conseguiram matar um pouco da saudade.

                  Meyre trabalha no mesmo colégio há 14 anos e sempre usou o abraço para demonstrar o carinho pelos alunos e pais. Inclusive, depois da publicação dos vídeos em uma rede social ela já está recebendo pedidos de outros alunos que desejam matar a saudade dos abraços diários.

'Melhor lugar do mundo é dentro de um abraço'

                  Antes de receber a surpresa na porta de casa, Meyre viu o vídeo de uma “cortina do abraço” criada em outro país e resolveu passar essa tarefa aos alunos, para que eles pudessem abraçar os familiares. Ao longo da semana os pais não retornaram, disseram que estavam sem tempo para ajudar os filhos, mas na verdade estavam organizando uma surpresa para a professora. Eles se uniram em um aplicativo de conversas e decidiram confeccionar apenas uma estrutura e promover o encontro.

                  Sabrina Eleutério e Gabriel Mendonça, pais da pequena Cecile de três anos, foram os responsáveis por construir a cortina. Outros pais ajudaram a elaborar a lista de quem poderia ir até o condomínio da professora, já que há um limite de pessoas.

“Levou dois dias para que a cortina ficasse pronta. Ela foi feita com plástico transparente e canos PVC. Cecile ajudou com os moldes para fazer os braços infantis, além disso, treinou o abraço. Eu decorei e coloquei a frase, que definiu tudo o que estamos passando e queremos: O melhor lugar do mundo é dentro de um abraço,”
                  Disse Sabrina.

Rotina de estudos

                  A necessidade do distanciamento social modificou a rotina de muitas famílias em vários aspectos. Para manter os estudos, pais e professores estão se desdobrando.

“Fui desafiada a me reinventar, a trocar a sala de aula por um espaço virtual, a criar um ambiente lúdico em casa e a encontrar uma forma de encantar as crianças apenas pela tela de um dispositivo eletrônico. Confesso que não é fácil, mas Deus nos encoraja e o amor pelo que faço me motiva: fantasias, receitas, painéis pelas paredes da casa, tudo é válido para despertar interesse desses pequenos"
                  Fala Meyre.

“Cecile se adaptou rápido a nova rotina, claro que não conseguimos prender a atenção dela o tempo todo, mas a professora faz de um tudo para ajudar as crianças a se concentrarem. 

Ela se fantasia, senta no chão, pula, canta, conta histórias, chama cada criança por vez, conversa com cada uma, envolve os pais, é um malabarismo. Estamos impressionados com a capacidade que ela tem de se entregar à profissão e com o amor que ela emana em cada aula"
                  Afirma Sabrina, mãe de Cecile.

                  Com Informações de: G1.

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JISOHDE FOTOGRAFIAS

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