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28 março 2020

BRASIL - Confirmados 3.904 casos e 114 mortes por Covid-19

Ministério da Saúde atualiza dados em coletiva de imprensa.



              O Ministro da Saúde, Henrique Mandetta, informou neste Sábado (200328) que o Brasil tem 3.904 casos e 114 mortes por Covid-19

               A Covid-19 já foi diagnosticada em 3.904 pessoas no Brasil, tendo resultado na morte de 114 vítimas. Com isso, a taxa de letalidade da doença no país está em 2,8%, segundo balanço do Ministério da Saúde, divulgado neste Sábado (200328).

              No balanço desta Sexta-feira (200327), o número de diagnosticados estava em 3.417, e o de mortes em 92 (taxa de letalidade de 2,7%). 
O número de casos registrados nas últimas 24 horas, portanto, soma 487.

              São Paulo é o estado com maior número de infecções comprovadas, com 1.406 casos e 84 óbitos, com taxa de letalidade em 6%. Apesar de ter os maiores números absolutos, São Paulo tem taxa de letalidade menor que o Piauí, que soma 11 casos e uma morte, com índice de letalidade em 9,1%; e que Pernambuco (68 casos, 5 mortes e letalidade em 7,3%).

              O segundo estado com mais casos absolutos confirmados é o Rio de Janeiro, com 558 pessoas infectadas e 13 óbitos (letalidade em 2,3%). 

              Minas Gerais vem em terceiro lugar, na contabilidade dos casos, com 558 comprovações, mas sem mortes registradas até o momento.

              Veja como os casos estão espalhados por região no país:


Perfil dos infectados

              Com relação à faixa etária, 90% dos óbitos foram de pessoas com idade acima de 60 anos (91 casos). 6 óbitos foram de pessoas com idade entre 40 e 59 anos; e 4 casos de pessoas com idade entre 20 e 39 anos.

Faixa etária

              60 anos acima - 91 óbitos (90%),
              40 a 59 anos - 6 óbitos,
              20 a 39 anos - 4 óbitos.

Fatores de Risco

              Considerando os grupos de riscos, 84% dos óbitos são de pacientes que apresentavam pelo menos um fator de risco.

              De acordo com o ministério, 59 óbitos ocorreram com em pessoas com algum tipo de cardiopatia. 

"Essa é uma doença que às vezes apresenta poucos sintomas. Mas ao se prolongar ela cansa as pessoas. Temos muitos relatos de pessoas que se dizem cansadas por causa dela. Por isso, em pacientes com cardiopatias, o coração não aguenta. É um vírus que cansa o corpo depois de dias"
              Disse o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta.

              Ainda no âmbito dos grupos de risco, entre os óbitos, 43 tinham histórico de diabetes; 19 de pneumopatia; 10 apresentavam doença renal; 10 tinham quadro de imunodepressão; 7, doença neurológica; 4, asma; 3, doença hematológica; 2 pessoas apresentavam obesidade; 1 tinha doença hepática; e 1 era puérpera.

Por Fator de Risco

              43 tinha Diabetes,
              19 tinha Pneumopatias,
              10 tinha doenças renais,
              10 tinha Imunodepressão,
              07 tinha doença neurológica,
              04 tinha Asma,
              03 tinha doença hematológica,
              02 tinha apresentava obesidade,
              01 tinha doença hepática,
              01 era Puérpera.

              Veja a evolução do número de casos no país, desde o registro do primeiro caso:


Estrutura, respiradores e UTI

              Durante a coletiva, tanto Mandetta quanto o secretário executivo da pasta, João Gabbardo, elogiaram a estrutura do país em termos de Unidades de Terapia Intensivas - UTI.

              Peguntado sobre se esse otimismo levava em consideração que boa parte dos leitos de UTI está em hospitais privados, o secretário disse existe a previsão de usar os leitos de hospitais privados: 

“Vamos usar também os leitos das unidades privadas. 
Se for o caso, vamos pagar por isso”
              Disse ao ressaltar que o Brasil tem, proporcionalmente, uma quantidade de leitos de UTI acima da de muitos países.

              O ministro lembrou que os leitos de UTI são, muitas vezes, ocupados por pessoas que sofreram traumas e que, com menos pessoas circulando nas ruas em razão do isolamento social, a tendência é que mais leitos estejam disponíveis: 

“Nossas estradas matam muito. Temos muitos acidentes de trânsito, principalmente de motociclistas. Por isso, com a determinação de paralisação [isolamento social], diminui o número de acidentes e traumas. Sobram, portanto, leitos que podem ser utilizados para essa virose.”

              Segundo o secretário Gabbardo, o governo está aumentando em mais 15.000 o número de leitos. 

“Se precisar vamos colocar mais. Além disso vamos produzir 17.000 respiradores nos próximos meses”.

              Gabbardo disse que a preocupação maior é com o risco de, em meio ao embate contra a doença, profissionais da saúde acabarem se contaminando e tendo de se afastar do trabalho. Por esse motivo, há especial preocupação do governo com a aquisição dos materiais de proteção. 

“O Ministério da Saúde já comprou 45.000.000 de máscaras e distribuímos 9.000.000. Estamos com licitação para adquirir mais 200.000.000 de máscaras.”
              Disse.

“Muitos médicos não atuam em apenas um hospital e, ao se afastarem do trabalho, causarão prejuízos a esses hospitais. As roupas para esses médicos são hoje objeto de consumo de todo o mundo”
              Disse ele ao informar que negociações têm sido feitas com a China visando à importação de diversos tipos de equipamentos.

Cloroquina e hidroxicloroquina

              Mandetta voltou a criticar a automedicação, em especial relacionada ao uso da cloroquina e da hidroxicloroquina, medicamentos que já têm prescrição autorizada pelo ministério, em caráter experimental para casos graves de Covid-19.

“Esse medicamento, se tomado, pode dar arritmia e paralisar a função do fígado. Então se a gente sair com a caixa na mão dizendo que pode tomar, podemos ter mais mortes por mau uso do medicamento do que pela própria virose”
              Alertou o ministro.

Veja a íntegra da coletiva:


              Edição: Denise Griesinger.

              Reeditado às 12:50 horas, de 200329, para atualização de dados.

              Com Informações de: Agencia Brasil.

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