UNAÍ-MG - Homem que morreu com sintomas de dengue hemorrágica é velado

Homem tinha 62 anos morreu com sintomas de Dengue hemorrágica. 

O caso está sendo investigado pela Secretária de Saúde.

               O senhor Valdetino Gonçalves Luiz, de 62 anos de idade, procurou o Pronto Atendimento - PA, anexo ao Hospital Municipal de Unaí-MG - HMU, nesta Terça-feira (200204), devido estar passando mal, Já desde o início desta semana.

                Conforme informações de sua Sobrinha, o tio Valdetino estava sofrendo muitas dores pelo corpo e inchaço na barriga. Ao passar pela consulta médica, afirma, o médico o auto-avaliou sem pedir nem exame, e concluiu que aquilo não era nada, e que ele poderia retornar para casa, por somente observar um eletro feito do tio.

"O medico viu o eletro dele e falou assim: 'Não..., você não tem nada não! pode ir pra casa' Ele simplesmente passou uma Novalgina pra ele, um remédio que ele nem pode tomar". 

                Afirmou ela.

"O senhor pode ir embora pra casa"

                Declarou o médico.

"Então, um paciente no grau que é o dele, usa marcapasso, barriga inchada, dor no corpo, agente tem que pedir alguns exames, eu já falei com a diretora do hospital, falei assim: 'Se o médico não pediu nenhum exame pra ele, nem um exame, apenas com rápida observação no eletro dele, e já "manda embora" pra casa?".

                Questiona.

"Então acho assim: Foi sim, uma negligência médica" 

                Concluiu a sobrinha.

                De acordo ainda com a sobrinha, só depois que ela conseguiu o telefone da diretora, que algumas providências foram tomadas, em relação ao tio dela, e nesta Quinta-feira (200206), as 11:00 horas da manhã, eles decidiram transferir o Valdetino para o Hospital Regional de Patos de Minas-MG.

                Ainda de acordo com a Sobrinha, eles saíram por volta das 15:30 horas, com ele totalmente debilitado, com a saúde bastante frágil e com sangramento bucal.

                Mas, ele não resistiu, e por volta das 23:00 horas ele faleceu.

                O G1 teve acesso ao laudo da morte do senhor Valdetino, onde consta que uma das causa de morte é Dengue hemorrágica.

 "A família acredita que a um ano atrás, por ele ter tido Dengue nesta segunda vez, veio ainda mais forte".

                Conta Nash Castro, repórter do MG2.

"Para se ter uma ideia, o Bairro Santa Luzia, onde o senhor Valdetino morava,  teve o Levantamento de Índice Rápido do Aedes aegipty - LIRAA, que é de 9,2%, e o Ministério da Saúde fique abaixo de um por cento (-1%). O numero destaca extremamente alto"

                Informa Nash Castro.

A cidade está infestada do mosquito e o risco de Dengue é muito grande.

                Conforme Nash, hoje foi o ultimo dia em que a Secretaria de Saúde estava fazendo ações emergenciais, para eliminar os focos, e o número aqui continua aumentando, e continua preocupando demais a população.

                São 490 casos de notificações, ou seja: casos suspeitos, e 144 casos já confirmados, o que dá uma média de 34 casos por semana.

                A Secretaria Municipal de Saúde esta investigando o caso e está somente 'esperando' a Secretaria estadual dar o parecer final. 

A Prefeitura Municipal

               A prefeitura municipal, teve um período de campanha emergencial para tentar baixar esse número do LIRAA, que na cidade sempre está superior ao aceitável pela Secretaria de Saúde, que é de menos de 1%.

               As campanhas e mutirões feitos todos os anos, nunca surtiram efeitos favoráveis, e nenhuma mudança foi feita na maneira de combate ao mosquito e também a Dengue, na cidade.

               Os mutirões são realizados por pessoas voluntárias, despreparadas para tal ação, em que consiste:

               Distribuições de panfletos,

               Veículos de propagandas ambulantes,

               Trio Elétricos que circulam nas principais ruas e avenidas da cidade, solicitando o descarte de materiais que acumulam água, para a rua, afim de ser coletados,

               Nestes Trios Elétricos, vão palhaços e pessoas mascaradas e com vestes coloridas, dançando e pulando ao som de músicas e fogos de artifícios.

               Pessoas circulam pelas ruas, aconselhando e distribuindo grande quantidades de folhetos e sacos de lixo (em matéria, dão conta de haver distribuído 54 caminhões de sacos de lixo), para população que os receberam nas calçadas, material esse que em grande parte acabam sendo descartados e tornados locais propícios de focos do mosquito.

              Nesses anos do último governo, não foram utilizados métodos que combatem o mosquito da Dengue, como por exemplo o uso de Fumacê, como foram usados nos governos anteriores, dos prefeitos Delvito Alves, e Antério Manica, e que foi de grande valia no combate do mosquito transmissor.

O prefeito Branquinho

               No Governo do prefeito José Gomes Branquinho, o que mais se tem visto e ouvido em entrevista na rádio e televisão local, foi o de culpar e colocar a culpa da epidemia na população de Unaí, afirmando que o mosquito nasce em água parada, dentro das residências.

Isso ofendeu toda a população e muitos ficaram revoltados com tal atitude.

               Sempre a culpa é do cidadão, porém ele nada tem feito para combater a epidemia, por exemplo:

               Não tem feito uso de fumacê para eliminar o mosquito.

               Quer que a população trabalhe gratuitamente em mutirões de limpeza de ruas e lotes, mas não está investindo quase nada, ou praticamente nada para obter resultado nisso. Um prefeito bom para acusar, mas na hora de investir o dinheiro público, no combate a Dengue, precisa economizar.

Um prefeito que sempre está reclamando dos gastos com o município, e que precisa economizar, economizar e economizar, e a população está sofrendo, e não tem nada sendo feito.

               Lotes estão sujos e cheio de mato e lixo, e nenhum proprietário é notificado para fazer a limpeza dos mesmos.

               A coleta de lixo, como também a saúde pública foi terceirizada, ficando ele enganado, quando acha que não mais tem responsabilidade com o setor, e a responsabilidade continua sendo do prefeito municipal, único responsável pelas empresas que cuida destes serviços.

               Muitos morrem quando buscam ajuda aos serviços de saúde pública, porém, os casos de óbitos são "abafados", e, quando a população se revolta, é emitida uma nota (pano quente), tentando tranquilizar as pessoas, dando esclarecimentos fúteis, para acalmar o rumor da população revoltada.

               Quando um paciente é desenganado a secretaria de saúde, os encaminham para outros municípios, para que, morrendo por lá, enganadamente acredita que não ouve culpa do município, mas, em muitos casos, esses pacientes morrem mesmo antes de chegarem em seus destinos, e retornam já sem vida.

               Este não é apenas um caso, e sim, mais um caso em que uma família perde um de seus membros, por descaso inaceitável, da saúde pública, negligência médica e descaso da Secretaria de Saúde, e do prefeito Branquinho, que entristece a todos do município com este marasmo dos responsáveis do município, da Saúde pública, desta grande cidade que, merece mais sensibilidade, mais atenção e mais respeito pelos unaienses, que faz desta cidade, um lugar almejado para se viver.

               E o prefeito, você está destruindo tudo isso.

               A Notícia Vazou... Confira Aqui.

               Unaienses - Jisohde - 200208 1450.

               Com Informações de: G1 (Nash Castro).