Justiça determinou apreensão do garoto pelo crime ocorrido no Domingo (29). Vítima foi encontrada amarrada e com marcas de violência.
Um adolescente de 12 anos confessou ter matado sozinho a menina Raíssa Eloá Caparelli Dadona, de 9 anos, segundo a Polícia Civil. A confissão ocorreu na madrugada desta Terça-feira (191001) na sede do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa - DHPP, no Centro de São Paulo.
De acordo com a polícia, ele se recusou a dizer a motivação do crime.
O corpo de Raíssa foi encontrado neste Domingo (190929) no Parque Anhanguera, na Zona Norte da capital. Ela havia desaparecido em uma festa em um Centro de Educação Unificado - CEU próximo ao local. Câmeras de segurança gravaram a menina e o adolescente antes do crime.
Nas imagens, eles aparecem caminhando de mãos dadas.
O garoto que confessou o assassinato prestou depoimento na 5ª Delegacia de Polícia de Repressão aos Crimes Contra a Criança e o Adolescente do DHPP, acompanhado pelos pais, entre a tarde desta Segunda-feira (190930) e começo de madrugada desta Terça-feira. Ele foi descrito como frio pelos policiais, só respondia aos questionamentos dizendo "sim" ou "não", segundo os agentes.
A Justiça já havia determinado a apreensão do adolescente investigado. Ele será ouvido por promotores do Departamento de Infância e Juventude do Ministério Público - MP. Posteriormente, deve ser encaminhado a uma das unidades da Fundação Casa, entidade que visa recuperar menores infratores.
O adolescente e a menina moravam na mesma rua no Bairro Morro Doce, também na Zona Norte. Nos últimos dias, estavam bem próximos, segundo vizinhos.
Amigos da família contam que os dois estavam tão apegados, que a mãe da Raíssa havia levado o adolescente a um culto junto com a filha em uma igreja evangélica, no mês passado.
Causa da morte
A Polícia Civil de São Paulo investiga se a Raíssa foi asfixiada e se sofreu violência sexual. Laudo da Polícia Técnico-Científica irá apontar a provável causa da morte da menina, que foi encontrada amarrada a uma árvore e sem vida, no Parque Anhanguera.
Ela estava suspensa pelo pescoço, o que sugere a suspeita de asfixia.
O corpo foi submetido a exame sexológico, porque foram encontrados ferimentos compatíveis com quem poderia ter sofrido violência sexual.
Versões conflitantes
Foi o próprio adolescente quem procurou a administração do parque para informar sobre a localização do corpo, ainda no Domingo.
De acordo com a polícia, o adolescente de 12 anos chegou a confessar ter matado Raíssa, mas depois mudou de versão. Ele teria dito à mãe, após chegar em casa no dia do crime, que matou a menina.
No entanto, na delegacia, declarou ter sido forçado por um homem de bicicleta, que o teria ameaçado com uma faca e então forçado a ajudar a matar a garota.
Sumiço
Em depoimento à polícia, a mãe de Raíssa, Vânia, contou que levou a garota e o irmão mais novo para uma festa no CEU Anhanguera por volta do meio-dia de Domingo.
O local estava cheio de crianças.
Em dado momento, a mãe deixou a filha no pula-pula e foi buscar pipoca para o outro filho. Ao retornar, não a encontrou mais. A gestora do CEU procurou a criança e pediu apoio a visitantes.
A garota morava no Bairro Morro Doce, ao lado do CEU, desde 2017. Ela fazia tratamento no Núcleo de Apoio às Pessoas com Deficiência porque era tímida e havia suspeita de ser autista. Outros alunos do espaço fizeram desenhos nesta Terça-feira em homenagem à colega que morreu.
O adolescente e a menina se conheciam. As casas deles ficavam distantes uma da outra a cerca de 100 metros de distância.
Os dois costumavam brincar juntos.
O corpo de Raíssa foi sepultado na tarde de Segunda-feira, no Cemitério Municipal de Perus, na Zona Norte de São Paulo.
Com Informações de: G1.
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