Segundo o Conselho Tutelar de Samambaia, por causa de alienação parental feita pela mãe, a criança ainda tem resistência a morar com o pai. Psicólogos trabalharão na reconstrução do vínculo dos dois.
A menina de 8 anos que presenciou o esquartejamento e morte de Rhuan Maycon da Silva Castro, 9 anos, foi ouvida por conselheiros tutelares e por investigadores do caso na manhã desta Segunda-feira (190603).
A criança chegou à 26ª Delegacia de Polícia - Samambaia-DF Norte acompanhada do pai, o agente penitenciário de Rio Branco-AC Rodrigo Oliveira.
Ele desembarcou em Brasília-DF neste Domingo (190602), a fim de reencontrar a garota, sequestrada pela mãe, Kacyla Priscyla Santiago Damasceno, 28 anos. A mulher confessou ter auxiliado a companheira Rosana Auri da Silva Candido, 27 anos, a tirar a vida de Rhuan.
O crime bárbaro ocorreu na Sexta-feira (190531), em Samambaia Norte.
A equipe do Conselho Tutelar II de Samambaia explicou que, apesar do histórico de maus-tratos, não havia nenhuma denúncia formalizada na unidade de proteção aos direitos das crianças e adolescentes. A situação de vulnerabilidade de Rhuan tornou-se difícil de ser descoberta porque ele não frequentava a escola há mais de dois anos.
A conselheira Cláudia Regina Carvalho conta que a menina está fisicamente bem. De acordo com o relato da criança ao Conselho Tutelar, ela viu o cadáver já dentro da mochila e, depois, Kacyla e Rosana sendo detidas por policiais civis.
Alienação parental
Ainda de acordo com Cláudia Regina, em função do processo de alienação parental, a menina desenvolveu aversão ao pai e se recusa, neste momento, a morar com ele.
“Será feito um trabalho psicológico para reconstruir o vínculo deles”
Detalhou.
Ainda abalado, o agente penitenciário prefere não se pronunciar sobre o caso. Conforme relato dos conselheiros, a garota, de início, sequer queria conversar com Rodrigo. Durante todo o encontro, ela teria evitado olhá-lo no rosto. O que a fez ficar mais a vontade, de acordo com os profissionais, foi a presença de uma avó e de uma tia.
“Ela tem a figura masculina como agressora. Se refere ao irmão (Rhuan) como primo e estava ressentida. Disse que tinham desavenças, no entanto, não mencionou agressão por parte da mãe. Pelo contrário: falava dela com um grande carinho”
Disse Cláudia Regina Carvalho.
Ainda nesta Segunda-feira (190603), a Justiça converteu em preventiva a prisão das duas suspeitas. Sendo assim, elas ficarão detidas no Presidio Feminino do Gama-DF, a Colmeia, até o julgamento.
Torturado e degolado
O adjunto da 26ª DP - Samambaia Norte, delegado Guilherme Sousa Melo, pretende viajar nesta semana ao Acre para descobrir como era a vida das crianças antes de passarem a viver clandestinamente com Kacyla e Rosana Auri, mãe e assassina de Rhuan.
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Com Informações de: Metrópoles.
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