Durante ataque, ocorrido no Sol Nascente, em Ceilândia, grupo gritava que local não era lugar de “macumbeiros”.
A Polícia Civil investiga um ataque que ocorreu a um terreiro localizado no Assentamento Santarém, no Trecho 3 do Sol Nascente, em Ceilândia-DF.
De acordo com as vítimas, o local foi invadido por oito homens por volta das 07:horas desta Quarta-feira (190501).
Eles estavam armados com foice e facão.
Durante o ataque, o grupo gritava que ali não era lugar de “macumbeiros” e que eles teriam que sair com “as próprias pernas”, contou a advogada dos religiosos, Patrícia Zapponi. A ocorrência foi registrada na 24ª Delegacia de Polícia - Setor O, como esbulho possessório, quando alguém perde a posse de um bem em razão da ação de outra pessoa, e intolerância religiosa.
Os criminosos foram identificados e conduzidos à delegacia. No momento da invasão, estavam no local a zeladora Lindinalva Santiago, seus sete filhos pequenos, Maria dos Santos, de 79 anos, e o pai de santo Willian Francisco.
Todos pertencem ao Terreiro Ile Axé Ode Ibualama.
“Moro lá há seis anos e esta é a terceira vez que somos atacados. Estava dormindo e acordei com o barulho. Ficamos em pânico. As crianças ficaram apavoradas. Só restou indignação e medo”
Contou Lindinalva da Silva Santiago, 35 anos.
As testemunhas contam que os invasores romperam a cerca do lote.
“Essas pessoas querem a desocupação da terra. Há mais de seis anos estamos lutando contra o preconceito até mesmo de agentes públicos para conseguir a regularização do local. O terreiro foi inaugurado em 2013, antes de as habitações irregulares serem erguidas na região”
Destacou a advogada Patrícia Zapponi.
Ao Metrópoles, pai Willian Francisco disse que saiu correndo para chamar a Polícia Militar e, quando voltou, os invasores já estavam montando barracas no lote.
“Eu tirei a minha mãe da casa enquanto a Lindinalva ficou trancada no quarto. Foi um terror. Eles nos xingavam, diziam que teríamos que sair de lá com nossas próprias pernas. O nossa casa é uma dos mais antigas do Sol Nascente. Recebemos cerca de 80 pessoas por semana”
Disse.
Com Informações de: Metrópoles.
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