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22 abril 2019

DISTRITO FEDERAL - Yasmin desmente que tenha ignorado Bolsonaro: “Não sou mal-educada”

A garota diz que tudo não passou de um mal-entendido: 
“Ele perguntou quem era palmeirense e eu balancei a cabeça dizendo que não”.

“Tenho medo de ir à escola”
               A declaração é da pequena Yasmin Alves, de apenas 8 anos. A menina tornou-se conhecida nacionalmente na última Quinta-feira (190417) após um vídeo viralizar nas redes sociais e ser publicado em dezenas de veículos de comunicação. 

               Na imagem, a criança parece recusar-se a cumprimentar o presidente da República, Jair Bolsonaro (PSL), durante evento na Escola Classe 1 da Estrutural.

               A interpretação dada às cenas, num primeiro momento, pela imprensa, foi equivocada. Tanto Yasmim quanto seus pais confirmam o erro e os transtornos gerados pela informação disseminada.

“Ele perguntou quem era palmeirense e eu balancei a cabeça dizendo que não era”
               Explica Yasmin, reforçando sua paixão pelo Flamengo.


“Fico muito triste porque as pessoas estão falando mal de mim, que sou mal-educada”
               Diz a estudante do 3º ano do ensino fundamental, que, nesta Segunda-feira (190422), retorna ao colégio depois do feriado prolongado. 

               O centro de ensino fica numa das regiões administrativas mais carentes do DF, cujo Índice de Desenvolvimento Humano - IDH é 18 vezes mais baixo do que o do Lago Sul-DF, bairro mais nobre da capital.

Pai bolsonarista

               O pedreiro Valdir Alves, 48 anos, pai de Yasmin, diz que o mal-entendido trouxe dor de cabeça e chateação para toda a família. Ele, que se diz eleitor de Bolsonaro, considera um crime a exposição da imagem da menina.

Transferi meu título para cá e votei no Bolsonaro. Não imaginaria que pudesse chegar a esse ponto. Saio nas ruas e vejo as pessoas comentando sobre a minha filha. É uma criança de oito anos convivendo com essa expectativa de não querer nem estudar porque todo mundo fala dela.
               Valdir Alves, pai de de Yasmin.

               A mãe, Cléia Ramone, 26 anos, preocupa-se com a possibilidade de sequelas psicológicas na filha e também com a integridade física da menina. 

“Ela está chorando, triste e transtornada, porque tem uns que são muito a favor [do presidente Bolsonaro], e tem gente que não gosta dele. Fico pensando no que podem fazer”
               Diz a dona de casa.

Feriado


               Preocupada com possíveis retaliações no feriado da Páscoa, a família desmarcou os planos de ir ao shopping comprar os ovos de chocolate nesse Domingo (190421).

               A enorme repercussão do caso começou após uma matéria ser publicada pela Agência de Estado, pertencente ao Grupo Estado de comunicação, que produz e vende seu conteúdo para inúmeros jornais do país. 
               Daí o efeito dominó causado pela publicação.

               Foi o próprio Estadão que reconheceu o erro e, nesse Domingo de Páscoa (190421), publicou nova reportagem desfazendo o mal-entendido. 
               O periódico informou ter tido acesso, por meio de uma fonte do governo, ao vídeo com legenda, onde é possível ouvir o presidente perguntando às crianças se elas eram palmeirenses.

               É nesse contexto que a menina faz sinal de negativo com a cabeça, versão confirmada pela própria Yasmin nesta entrevista.

               Com Informações de: Metrópoles.

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JISOHDE FOTOGRAFIAS

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