Durante as buscas para localizar e prender os autores do crime, a Polícia Militar encontrou rastreadores de veículos, bloqueadores de rastreadores, placas, lacres e documentos suspeitos.
O assassinato de David Nunes Matos, de 31 anos, pode estar relacionado a um grande esquema de roubo e adulteração de veículos e documentos em Patos de Minas-MG.
Durante as buscas para localizar e prender os autores do crime, a Polícia Militar encontrou rastreadores de veículos, bloqueadores de rastreadores, placas, lacres e documentos suspeitos. O presidente de uma associação de transportadores de Patos de Minas foi preso, acusado de ser o mandante do homicídio.
O crime aconteceu na noite de Quarta-feira (190220), mas a Polícia só foi acionada na manhã do dia seguinte por pessoas que passavam pelo local.
Ao mesmo tempo, Fabrício Carlos Silva, de 32 anos, que é proprietário de um lava-jato, também foi até o quartel da Polícia Militar de Carmo do Paranaíba-MG relatando o que teria ocorrido. Segundo o capitão Saraiva, ele contou que se encontrou com David em posto de combustíveis em Patos de Minas por volta de 19:40 horas de Quarta-feira.
David o teria chamado para levar um amigo em um lugar que ele desconhecia. David estava em companhia de dois homens que ele desconhecia.
Segundo relato de Fabrício, os quatro homens seguiram em direção a Major Porto, passaram pelo distrito e seguiram em direção à uma localidade denominada Jardins.
Quando chegaram à Fazenda Fudas, na região conhecida como Brasilinha, entre os Distrito Major Porto e Distrito Quintinos, um dos homens determinou que David parasse o veículo porque entregaria uma cesta básica para um parente. Fabrício disse que eles permaneceram no local por cerca de meia hora aguardando o “amigo” da vítima, que, ao retornar, teria aberto a porta do passageiro, traseira, lado direito, e dito:
“eu vou matar vocês dois”.
Segundo a Polícia Militar, Fabrício disse que achou que aquilo seria uma “brincadeira”. Contudo, ao desembarcarem, visualizou uma arma de fogo, um revólver calibre .38. Ele contou que imploraram por suas vidas e tentaram fugir, quando ouviu três estampidos e que ainda teria visto David caído ao solo, mas que conseguiu fugir.
No local do crime, os policiais encontraram David já sem vida, a cerca de 150 metros do carro, com dois telefones e a chave do carro. Os trabalhos da perícia, no entanto, constataram que as informações prestadas por Fabrício eram contraditórias.
A necrópsia provou que David foi morto a facadas e não por disparos de arma de fogo. Ele apresentava perfurações no pescoço, no tórax, no peito e nas costas, além de ferimento na cabeça.
Diante disso, segundo a Polícia Militar, Fabrício mudou sua versão. Ele relatou que conhecia os dois indivíduos que estavam com eles no interior do veículo, sendo um deles, um homem de 27 anos, que portava uma arma de fogo, o que teria dito que iria matá-los, e o outro indivíduo que estava armado com uma faca. Fabrício disse ainda que ofereceu dinheiro aos dois indivíduos a fim de convencê-los a não os executarem. Mas os criminosos não aceitaram nenhuma das propostas e informaram que foram contratados por uma outra pessoa para executarem a vítima e que teriam que matá-lo também.
Fabrício alegou ainda que não havia acionado a Polícia Militar no dia anterior, por temer por sua vida
De acordo com o capitão Saraiva, na verdade, o crime foi premeditado e teria sido executado a mando de Antônio Carlos Soares, de 44 anos. O homem conhecido como Tonhão é presidente da Associação Patense dos Empreendedores do Transporte - APERT, localizada no Bairro Planalto em Patos de Minas e, assim como os outros, estaria envolvido no esquema de roubos e clonagens de veículos.
Na sede da APERT, os policiais encontraram rastreadores de veículos, placas de caminhões, lacres e diversos documentos de veículos já do ano de 2019 que só poderiam ser fornecidos por órgãos oficiais.
No Lava-jato de Fabrício, os policiais encontraram dois bloqueador de rastreador de veículo, que é usado em roubos de caminhões. Além disso, na garagem do apartamento de David, o homem assassinado, os policiais encontraram um Corolla clonado.
Segundo o capitão Saraiva, o motivo do crime ainda não está claro, mas a suspeita é de que todos fazem parte da organização de roubos e clonagens de veículos e tiveram um desentendimento, com Tonhão ordenando a morte de David.
Tonhão e Fabrício foram presos e levados para a Delegacia.
Os dois homens que executaram o homicídio foram identificados, mas continuam foragidos.
Com Informações de: Patos Hoje.
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