PESQUISA NESTE SITE:

23 novembro 2018

MONTES CLAROS-MG - Faxineira que participou do assassinato de policial aposentado é condenada a mais de 32 anos de prisão

Gabriela de Oliveira Pereira, de 25 anos, vai cumprir pena pelo assassinato do aposentado e por tentar matar policiais que atenderam a ocorrência na época. Defesa informou que vai recorrer da decisão.

                  A mulher de 25 anos que participou da morte de um policial militar aposentado em Junho de 2017 foi a júri popular no Fórum Gonçalves Chaves, em Montes Claros-MG, nesta Quinta-feira (181122). Gabriela de Oliveira Pereira foi condenada a 32 anos e seis meses de prisão pela participação na autoria do latrocínio cometido contra Juvenal Afonso de Araújo, de 77 anos, atingido por cinco tiros dentro da casa dele, e por tentativa de homicídio contra policiais militares que atenderam a ocorrência. 
                  A defesa dela informou que vai recorrer da decisão.

                  O julgamento começou por volta das 9:00 horas e acabou por volta das 17:30 horas. O conselho de sentença foi formado por sete jurados, que decidiram a pena que deve ser imputada à condenada. Gabriela de Oliveira se passou por faxineira para conseguir acesso à casa do militar que foi vítima do crime. 

                  Presa no dia do assassinato junto ao então namorado e comparsa, a pedagoga natural de São Paulo aguardava pelo julgamento e não tinha passagens pela polícia.

                  O G1 fez contato com o advogado responsável pela defesa de Gabriela de Oliveira no fim da tarde desta Quinta-feira. Cristiano Otoni informou que não concorda com a pena e que a condenação contraria as provas que constam nos autos do processo. 

“Os jurados entenderam diferente do que consta no processo. Vamos impetrar recurso de apelação, para que ela seja submetida a novo julgamento ou que haja redução de pena, haja vista que foi exacerbada. Mas vamos tentar anular o julgamento”
                  Afirma.


Arrependimento

                  No dia 25 de Outubro deste ano, o G1 teve acesso à parte interna do Presídio Alvorada e falou com Gabriela de Oliveira. A detenta participou de um projeto de incentivo à literatura e teve poesias expostas por uma faculdade de Montes Claros no Fórum Gonçalves Chaves. Nas obras escritas, ela se referia a arrependimento e a ter sido levada por impulsos.

"Estar presa é o mesmo que estar na escuridão. Agi no impulso, e sofro hoje com a consequência da minha reação. Mas não perco a esperança, pois sei que Deus me dará o último perdão"
                  Diz Gabriela de Oliveira.

                  A pedagoga, paulistana, contou durante a reportagem que morava no estado paulista com a família quando decidiu fugir com o então namorado, que já tinha envolvimento com crime na época. O casal se mudou para Montes Claros, e Gabriela conseguiu emprego como faxineira na casa do militar reformado. Mais tarde, ela participou do latrocínio, junto com o companheiro, pelo qual foi condenada nesta Quinta-feira. 
                  O companheiro dela também está preso em uma cadeia da região.

                  Gabriela afirmou ainda que estar na prisão proporcionou a ela reflexões importantes para continuar a vida quando sair. Ela ainda não sabia quanto tempo faltava, uma vez que aguardava há mais de um ano o júri popular que foi finalizado no fim da tarde.


“Eu aprendi que escutar os pais é imprescindível. Temos que saber o momento de agir, escutar principalmente a mãe e o pai, porque são os únicos no mundo que não querem nosso mal. Quando estamos no momento mais difícil igual estou agora, presa, só tem a mãe da gente na fila da visita. Arrepender é a única coisa que podemos fazer. Peço perdão a Deus todos os dias. A gente pensa que poderia ser a família da gente no lugar da pessoa que foi vítima do que a gente fez. O arrependimento é até pior que a saudade”
                  Disse.

                  Com Informações de: G1.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Deixe seu comentário!
Seu nome e sua cidade são indispensável

JISOHDE FOTOGRAFIAS

JISOHDE FOTOGRAFIAS