Animal foi encontrado durante um trabalho de observação do meio ambiente. Lobo-guará tem comportamento dócil e são inofensivos ao homem.
O Lobo-guará (Chrysocyon brachyurus) é um animal dócil, territorialista e é comum encontrar marcas dele pelo campo, mas fotografá-lo não é tão fácil. Há 30 anos, o ambientalista Eduardo Gomes percorre caminhos do Norte de Minas e registra os momentos em imagens, e nesta Sexta-feira (181116), ele conseguiu fotografar pela primeira vez um Lobo-guará.
O animal de porte jovem foi encontrado na Serra do Espinhaço, em Itacambira-MG, durante um trabalho de observação do meio ambiente realizado pelo Instituto Grande Sertão em parceria com o IBAMA.
“Já tinha visualizado os lobos na região, mas não consegui fotografar. Como ambientalista, fico feliz porque a maioria das vezes mostro imagens de degradação ambiental. Desta vez, fiz um registro que renova a esperança”
Relata.
O lobo de cor alaranjada estava bem tranquilo no momento em que foi clicado pelas lentes do ambientalista.
“Nós estávamos passando de carro na estrada e vimos o animal às margens da rodovia. Desligamos o veículo para fotografar e em seguida, ele continuou andando e entrou dentro da Serra até sumir”
Explica.
As fotografias do Lobo-guará foram cadastradas em uma plataforma digital da Fundação Oswaldo Cruz, que busca mapear a situação da fauna silvestre no país. Qualquer cidadão pode baixar o aplicativo e enviar imagens de animais.
História do Lobo-guará
O Lobo-guará é o maior canídeo da América do Sul.
Um animal adulto chega a medir 1,30 metros de corpo, além de 40 cm de cauda, podendo atingir 1 metro de altura e mais de 20 kg. Da família dos canídeos, mas pertence a um gênero composto por uma única espécie.
Eles se alimentam da caça e de frutos.
Lobo-guará é espécie inofensiva e desmistifica história do “lobo-mau”
Apesar do porte e da aparência, são animais inofensivos ao homem, comportamento dócil, raramente brigam entre si. O lobo vive em campos abertos, no caso do Brasil no Cerrado, Campos Sulinos, na Caatinga e na borda do Pantanal.
Dados divulgados em 2013 pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade - ICMBio apontam que a espécie sofrerá redução de pelo menos 29% nos próximos 21 anos por conta do desmatamento.
A espécie também sofre perdas importantes não quantificadas decorrentes de atropelamento, doenças, retaliação à predação de animais domésticos.
Com Informações de: G1.
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