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23 janeiro 2018

ARAGUARI-MG - Ministério Público apura novas denúncias em cemitério

Servidor da prefeitura foi preso em flagrante por cobrança de propina. Município auxilia nas investigações e está realizando cadastro de túmulos.

                 As investigações para apurar as irregularidades cometidas na venda de sepulturas no Cemitério Bom Jesus da Cana Verde, em Araguari-MG, ainda estão em andamento no Ministério Público Estadual - MPE

                 Mas novas denúncias têm sido feitas, como ocorreu na última Sexta-feira (180119), quando o então supervisor geral do local foi preso em flagrante por cobrar propina para realizar um sepultamento.

                 O ex-servidor Lucas da Silva Garcia Cardoso ocupava a função há aproximadamente um mês. De acordo com a secretária municipal de Administração, Thereza Christina Griep, assim que o município teve conhecimento do flagrante, foi determinada a exoneração. 

                 A Prefeitura tem contribuído com as autoridades para oferecer documentos e informações.

                 A Promotoria de Defesa do Patrimônio Público fez a apreensão do celular e está apurando outras denúncias envolvendo o ex-servidor, que permanece preso no Presídio de Araguari.


Denúncias

                 Só de denúncias recebidas pela Prefeitura de Araguari de corrupção cometida na administração do cemitério, o Ministério Público já apura cerca de 30. As denúncias começaram a ser investigadas em 2016 e envolvem venda de sepulturas, reformas e outros serviços. 
                 Em uma delas, um túmulo chegou a ser vendido por cerca de R$60.000,00.

                 O MPE ajuizou diversas ações envolvendo ex-servidores que ocupavam cargos no cemitério. Inclusive funcionários que ocupavam cargos na gestão anterior já respondem ação penal.

                 Devido à complexidade do esquema, a Promotoria local acionou equipes de Belo Horizonte-MG para auxiliar na condução das investigações.

Falta de informatização e regularização

                 O Cemitério Bom Jesus é o mais antigo da cidade. A Promotoria estima que há mais de 200.000 pessoas enterradas e 800 túmulos abandonados. 

                 A principal suspeita é de que alguns servidores faziam a venda de sepulturas abandonadas clandestinamente para terceiros, sem informar a comercialização ao município, que é o único responsável a fazer a concessão.

                 No entanto, quando um familiar comparecia ao cemitério para visitar o túmulo, constatava que outra pessoa estava enterrada no local. O esquema era favorecido pela falta de informatização dos registros.

                 Para minimizar o problema, em Novembro do ano passado a Prefeitura iniciou a regularização das sepulturas do cemitério depois de ser recomendada pelo MPE. A secretária de Administração esclareceu que os trabalhos estão sendo finalizados e todo o recadastramento é feito em um banco virtual.

“Está tudo sendo alimentado dentro de um sistema para ficar um banco de dados para sempre para a cidade. Existem várias denúncias de muito tempo e estamos tomando providências para regularizar o máximo possível”
                 Comentou Thereza Christina Griep.

                 A Secretaria de Obras prorrogou o prazo para que concessionários de sepulturas localizadas no cemitério peçam revalidação das sepulturas. 
                 O recadastramento termina no dia 5 de abril.

                 Ao fim do processo, os túmulos abandonados ou em situação irregular serão leiloados. 

“Com esses fatos recentes, todo o acervo que ficava no cemitério foi retirado e levado para a Secretaria de Obras. Também será feita mudança na rotina administrativa do cemitério para que esse tipo de situação não ocorra mais”
                 Finalizou Griep.

                 Com Informações de: G1.

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