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05 julho 2017

ESTADOS UNIDOS - A estratégia da Nasa para, pela 1ª vez, desviar um asteroide que passará perto da Terra

Nasa, agência espacial dos Estados Unidos, prepara uma ambiciosa missão: desviar um asteroide que passará perto da Terra.


               Agência espacial americana prepara missão com objetivo de proteger planeta de um possível impacto; primeiro alvo será Asteroide Didymos, que passará a 11 milhões de km de distância daqui em 2022.

               O alvo é um asteroide chamado Didymos ("gêmeo" em grego), que conta com um sistema binário, ou seja, dois corpos: o Didymos A tem aproximadamente 780 metros de comprimento, e o Didymos B, um corpo menor que o envolve, tem uns 160 metros.

               A previsão é de que esse asteroide passe relativamente perto da Terra, a cerca de 11 milhões de quilômetros de distância, em outubro de 2022 e depois em 2024.

               É aí que a Nasa quer colocar em prática a primeira missão para demonstrar uma técnica de deflexão, isto é, de desvio do asteroide para proteger o planeta.

"O risco de impacto do asteroide é real, pergunte aos dinossauros"

               Diz à BBC Mundo (Serviço em espanhol da BBC) Jean Luc Margot, professor de astronomia da Universidade da Califórnia em Los Angeles - UCLA.

 "Diferente de outros perigos naturais como furacões, erupções vulcânicas, terremotos, etc, os impactos dos asteroides podem ser evitados com a tecnologia atual."


Como será a missão?

               No momento, a Nasa trabalha no design do Teste de Redirecionamento do Asteroide Duplo - DART, (na sigla em inglês).

"O DART será a primeira missão da Nasa para colocar na prática o que é conhecido como técnica de pêndulo cinético - bater no asteroide para mudar sua órbita - a fim de defender a Terra de um possível impacto futuro"
               Explica Lindley Johnson, especialista em defesa planetária da Nasa em Washington-EUA.

               E, para testar esse novo projeto, que ainda se encontra em uma fase preliminar, os cientistas da agência espacial acreditam que o Didymos é a melhor oportunidade.

"Um asteroide binário é o laboratório natural perfeito para esse teste"
               Diz Tom Statler, cientista do programa do DART, em comunicado da Nasa

"O fato de o Didymos B estar em órbita ao redor do Didymos A faz com que seja mais fácil ver os resultados do impacto e garante que o experimento não mude a órbita de ambos ao redor do Sol."

               Para o professor Margot, a escolha desse asteroide é boa porque ele é relativamente acessível para aeronaves espaciais e é possível medir as mudanças com imagens de radar.


Mais rápido que uma bala

               Segundo a Nasa, o DART atingirá o Didymos B, o asteroide menor, "a uma velocidade de 6 km por segundo, nove vezes mais rápido que uma bala".

               Com esse teste, os cientistas poderão avaliar a mudança resultante na órbita de Didymos B ao redor de Didymos A. Isso permitirá determinar as capacidades do impacto cinético como uma estratégia de mitigação de asteroides.

"O DART é um passo crítico para demonstrar que podemos proteger nosso planeta de um impacto futuro de asteroides"
               Diz Andy Cheng, do Laboratório de Física Aplicada da Universidade Johns Hopkins em Laurel, Maryland-EUA, que também participa do projeto.

               Segundo o professor Margot, a iniciativa está dentro das capacidades tecnológicas dos Estados Unidos, mas pode enfrentar o risco de cortes orçamentários.

"Se os responsáveis pelo orçamento não apoiarem o projeto, poderão ser considerados culpados pela perda de vidas e bens em caso de um impacto grande de um asteroide"
               Opina Margot.

               Com Informações de: G1.

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