Mulher ficou 40 minutos com o criminoso, em um matagal em Montes Claros. Homem trabalhava como pedreiro em uma casa e pegou a bicicleta do patrão.
Lenilson Souza da Silva, de 19 anos, foi preso mediante mandado de prisão temporária na manhã desta Sexta-feira (170127) por uma equipe de policiais civis da Delegacia Especializada da Mulher, em Montes Claros-MG.
Lenilson confessou ter estuprado uma mulher, de 57 anos, que fazia caminhada no Bairro Acácias há 14 dias. O homem estava na casa dele, no Bairro Vera Cruz, e não resistiu à prisão. Lenilson chegou a ficar 40 minutos com a vitima, de acordo com a delegada do caso, Karine Maia Costa de Faria.
O crime aconteceu em um Sábado (170114), por volta das 19:30 horas. Para a Polícia Militar, a mulher contou que fazia caminhada sozinha na Avenida Alameda das Américas quando foi surpreendida pelo homem, em uma bicicleta. Na ocasião, a vítima foi arrastada até um matagal, violentada sexualmente e depois levada, pelo próprio autor, até o asfalto novamente. Vizinhos que passaram depois do crime a ajudaram a chegar em casa.
“A vítima fala que tentou se desvencilhar dele de todos os jeitos, chegou a oferecer e entregar o celular dela, que estava preso ao short, para tentar fazer com que ele desistisse. Houve prática de sexo comprovado em laudo médico. Lenilson fala que não conseguia ejacular e, por isso, ficou tanto tempo com a vítima, aproximadamente 40 minutos”
Explica a delegada Karine Maia.
A polícia chegou até Lenilson com a ajuda da vítima, que conseguiu ceder detalhes importantes aos investigadores, como estatura, pele e corte do cabelo.
“Depois do crime, ele se desfez da blusa que usava e devolveu a bicicleta. É importante a gente ressaltar a participação da vítima nos detalhes do fato; foi com esses detalhes, aliados às técnicas de investigação, que chegamos ao Lenilson. O celular da vítima foi recuperado com a irmã dele, durante o cumprimento da prisão de hoje.”
Concluiu a delegada.
Crime premeditado
Lenilson disse que a vítima foi escolhida aleatoriamente quando chegou na avenida. Ele pegou a bicicleta do patrão e, depois do crime, a devolveu.
“Ele nos contou que tinha o costume de ir até o lugar para ver caminhões passando. Disse, também, que não tinha uma vítima específica e que, em um primeiro momento, queria apenas roubar um celular para fazer dinheiro. Acontece que esta informação é contraditória uma vez que ele violentou a vítima e, só depois, roubou o celular dela e fugiu. A vítima conta que ofereceu o celular dela para ele deixá-la em paz.”
Completa.
Atualmente, Lenilson trabalhava como servente de pedreiro em uma casa de dois pavimentos. Ele pegou a bicicleta do dono da casa e estava com ela na hora do crime.
“A bicicleta foi encontrada hoje, pela manhã, na casa do patrão que ficou, inclusive, assustado com a chegada da polícia. As pessoas que trabalhavam com ele não suspeitavam que ele teria cometido algum crime. Por isso, a importância da Polícia Civil em retirar criminosos do convívio social”
Completa Karine Maia.
Outras vítimas
Para a Polícia Civil, Lenilson contou que esta foi a primeira vez que praticou algum crime. Ele não tem passagens pela polícia, mas a delegada Karine Maia não descarta a possibilidade dele ter participado de algum outro crime quando menor de idade.
Outras peças íntimas foram recolhidas no local do abuso, o que pode ser um indicativo para outras vítimas surgirem. Apenas 10% das vítimas de abuso denunciam, dado que a Delegacia trabalha para mudar.
“A denúncia é muito importante para a gente conhecer o fato, tirar os criminosos de circulação e acabar com os crimes de estupro na cidade. A mulher, na maioria das vezes, tem vergonha. Mas a gente ressalta que a Delegacia Especializada da Mulher tem ambiente preparado para acolher estas vítimas e que os policiais e profissionais são preparados”
Incentiva a delegada.
Perfil e pena
Lenilson Souza da Silva é irmão de um homem, de 23 anos, preso em dezembro de 2016, também suspeito de estupro. O irmão também é apontado no crime de homicídio envolvendo um casal.
“A prisão do irmão dele foi uma das recentes prisões da Delegacia. Esta informação foi uma surpresa pra gente e, neste primeiro momento, parece que não tem nenhuma associação do irmão, que continua preso, com este crime. A aplicação da pena neste caso vai depender de várias circunstâncias. Ele é réu primário e só o juiz poderá dizer sobre a penalidade. Hoje, ele já vai para o presídio da cidade. A Delegacia tem 30 dias para converter a prisão temporária em prisão preventiva, por ser crime hediondo”
Conta a delegada.
Com Informações de: G1.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Deixe seu comentário!
Seu nome e sua cidade são indispensável