Motorista do veículo é comerciante e foi detido em abordagem em Brazlândia. Grupo vendia a panelas por até R$57,00 e só recebia R$5,00 pelo trabalho.
Um comerciante foi detido no início da tarde desta Quinta-feira (161201) suspeito de manter 15 vendedores de panelas em condições análogas à escravidão em uma chácara no Distrito Federal. O homem foi abordado por policiais militares em Brazlândia-DF, na BR-080, quando dirigia um caminhão-baú. Os PMs pediram para que a parte traseira do veículo, que tinha três metros quadrados, fosse aberta e encontraram o grupo.
Os trabalhadores tinha direito a 10% do preço dos produtos.
Segundo a PM, havia um adolescente de 16 anos entre os vendedores. O porta-voz da corporação, capitão Michello Bueno, o grupo era cooptado da seguinte forma: o comerciante viajava a cidades da Paraíba e do Ceará e abordava famílias anunciando ter “boas oportunidades de emprego” e de “ficar rico” no DF. Ele dava então R$ 1.000,00 como “adiantamento” para que essas pessoas viessem para a capital do país.
Em Brasília-DF, o grupo ficava “hospedado” de forma precária em redes e no chão de ônibus, postos e da própria chácara. Os vendedores de panelas só tinham acesso a comida se conseguissem dinheiro – o que dependia das vendas ou de “vales” feitos com o comerciante. As panelas eram anunciadas por valores entre R$50,00 e R$57,00. Os trabalhadores relataram não ter condições de voltar para casa por causa das dívidas que tinham com o “patrão”.
O motorista foi encaminhado para a Polícia Federal. Não há informações sobre o tempo em que ele mantinha essa prática. O G1 procurou a corporação para saber se ele de fato foi autuado por manter os trabalhadores em situação análoga à escravidão. De acordo com o Código Penal, as punições previstas para situações do tipo são 2 a 8 anos de prisão, além de multa.
Com Informações de: G1.
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