Hanna mora em Montes Claros-MG, tem quatro anos e sonha em ser bailarina. Especialista explica como se tornar um doador de medula óssea. Mais de 800 pessoas esperam por transplante no país.
Hanna tem quatro anos e dois sonhos:
“Queria nunca mais voltar para o hospital e ser bailarina”
A menina está em tratamento contra leucemia pela segunda vez e a família faz uma campanha para estimular a doação de medula óssea, que pode ajudar a salvar a vida de quem luta contra esse tipo de câncer.
Daniela Porto, mãe de Hanna, gravou um vídeo nas redes sociais explicando a situação da pequena. A garotinha teve o primeiro diagnóstico de leucemia em 2017.
“Ela toma vários tipos de quimioterapia e interna para tomar os quimioterápicos. São doses muitos altas e ela precisa fazer internada. Às vezes, corre 24 horas de quimioterapia sem parar. Às vezes mais de uma ministrada ao mesmo tempo”
Explica Daniela.
A doença não dava indícios de que poderia voltar e o tratamento foi finalizado em Março deste ano.
“Só que agora, em agosto, nós tivemos uma notícia que não esperávamos, que o câncer voltou”
Diz a mãe da menina, que gosta de cantar, dançar e desenhar.
Como nenhum dos familiares foi 100% compatível para a doação da medula, a mãe decidiu fazer um apelo.
“Infelizmente, nenhum de nós é 100% compatível com ela, então nós queremos pedir ajuda de vocês, para que se cadastrem no hemocentro da sua cidade para aumentar as chances de Hanna conseguir um doador de medula que seja 100% compatível com ela.
No caso de não ser compatível com a Hanna, vocês podem ajudar outra pessoa que esteja precisando de transplante de medula.”
Como doar medula
A hematologista Giane Donato explica que a medula óssea é um tecido gelatinoso, localizado no interior de ossos longos, onde estão as células responsáveis pela restituição do sistema imunológico e pela produção das células do sangue.
"Os pacientes que precisam da doação são aqueles portadores de doenças graves da medula óssea, nas quais o sistema de produção do sangue é seriamente prejudicado"
Destaca.
Giane cita como exemplos os portadores de leucemias agudas ou crônicas, aplasias de medula ou portadores de doenças genéticas raras. O procedimento para substituição da medula é o transplante.
Montes Claros-MG tem um hemocentro onde é possível fazer o cadastro para se tornar um doador. Dados apontam que 409 pessoas se cadastraram em 2019. Em 2020, mesmo faltando dois meses para o ano acabar, o número é muito menor, 266.
As estatísticas apontam que a chance de se encontrar um doador é de um a cada 100.000. No país, mais de 800 pessoas fazem parte da fila de espera.
Para se tornar doador é necessário ter entre 18 e 55 anos, estar bem de saúde, não ter doença infecciosa ou incapacitante, não apresentar doença neoplásica (câncer), hematológica (do sangue) ou do sistema imunológico. Algumas complicações de saúde não são impeditivas para doação, sendo analisado caso a caso.
A especialista Giane Donato explica que para se cadastrar é feita a coleta de 10 ml de sangue para o teste de compatibilidade. Os dados são inseridos no Sistema de Registro de Doadores.
"Existem duas formas da medula ser coletada: Por uma agulha que é colocada no osso da bacia, com sedação, coletando-se em torno de 15 ml por quilo de sangue. Ou por um procedimento de filtro, que é uma aférese que feita pelo sangue do braço, assim as células são coletas e acondicionadas em uma bolsa para infusão posteriormente no receptor."
O hemocentro de Montes Claros fica na Rua Urbino Viana, 640, na Vila Guilhermina.
Com Informações de: G1.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Deixe seu comentário!
Seu nome e sua cidade são indispensável