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05 agosto 2020

PARANÁ - STF retira delação de Palocci de processo contra Lula

A Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal - STF acataram o recurso da defesa do ex-presidente e entenderam que a inclusão foi ilegal.


                A Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal - STF decidiu retirar a delação premiada do ex-ministro Antonio Palocci de uma ação penal contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva que tramita na 13ª Vara Federal de Curitiba - PARANÁ, responsável por casos referentes à Operação Lava Jato.
                Esta ação foi realizada nesta Terça-feira (200804). 

                No caso em questão, Lula foi denunciado pela força-tarefa da Lava Jato por supostamente ter recebido vantagens indevidas da Construtora Odebrecht, entre elas um terreno para a construção da sede do Instituto Lula.

                Os ministros da Segunda Turma acataram recurso da defesa do petista e entenderam que foi ilegal a decisão do então juiz do caso, Sergio Moro, de ter incluído a delação de Palocci na ação contra Lula às vésperas do primeiro turno das eleições de 2018.

                O petista, que ficou preso por 580 dias por outro processo, a condenação no caso do tríplex do Guarujá, fora barrado de concorrer por ter sido enquadrado na Lei da Ficha Limpa, e seu candidato, Fernando Haddad, perdeu a eleição para Jair Bolsonaro.

                Pouco depois, Moro tornou-se ministro da Justiça do governo eleito, do qual saiu em Abril deste ano.

                O voto vencedor no julgamento da Segunda Turma foi dado pelo ministro Ricardo Lewandowski, que contestou a decisão de Moro de suspender o sigilo da delação de Palocci às vésperas do primeiro turno da eleição.

                Para ele, houve "inequívoca quebra da imparcialidade" com essa decisão e Moro influenciou, "de forma direta e relevante", no resultado da disputa eleitoral.

"Em outras palavras, o ex-magistrado aguardou mais de três meses da homologação da delação de Antonio Palocci, para, na semana do primeiro turno das eleições de 2018, determinar, sem prévio requerimento do órgão acusatório, a efetiva juntada no citado processo criminal"
                Disse.

                Lewandowski foi acompanhado por Gilmar Mendes na votação. O ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato no STF, votou contra, ele já havia rejeitado liminarmente esse pedido, mas a defesa de Lula recorreu ao colegiado.

                Os ministros Celso de Mello e Cármen Lúcia não participaram da sessão da Turma desta Terça-feira. A assessoria de imprensa do Tribunal não informou o motivo da ausência deles.

                Com Informações de: Terra.

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JISOHDE FOTOGRAFIAS

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