Josué Nogueira foi assassinado com um tiro na cabeça no dia 19 de Julho em frente à casa do policial. Pedido de prisão preventiva foi feito pelo Ministério Público.
O policial penal suspeito de matar um adolescente, de 16 anos, em Montes Claros-MG, foi preso depois que a Justiça expediu um mandado de prisão preventiva. Josué Nogueira foi assassinado com um tiro na cabeça, no dia 19 de Julho, em frente à casa do policial.
O autor foi preso nesta Quarta-feira (200805).
No dia do crime, o homem chegou a ser detido em flagrante e foi solto horas depois. O pedido de prisão preventiva foi feito pelo Ministério Público e acatado pelo juiz Geraldo Andersen, titular da Vara de Execuções Criminais e Tribunal do Júri.
Em entrevista ao G1, o promotor Guilherme Miranda, explicou que apenas o suspeito e esposa foram ouvidos no auto de prisão em flagrante, o que foi determinante para a rápida liberdade dele.
“Comunicamos a Delegacia de Homicídios para que pelo menos os adolescentes que estavam na hora do fato apresentassem a versão deles. Isso foi feito, bem como análise de câmeras de segurança de vizinhos, e nós formamos o convencimento de que a alegação de legítima defesa estava completamente divorciada das provas”.
De acordo com o advogado de defesa, Warlen Freire, o policial penal se apresentou na delegacia de plantão assim que soube que o juiz havia expedido o mandado, e foi levado para o Presídio de Bocaiuva-MG. Ele informou ainda que vai impetrar um pedido de habeas corpus no Tribunal de Justiça de Minas Gerais - TJMG, em Belo Horizonte-MG, nesta Sexta-feira (200807).
Entenda o caso
O crime foi na madrugada no dia 19 de Julho e Josué Nogueira, de 16 anos, estava com um grupo de amigos em frente à casa do policial na Vila Anália.
O suspeito alegou à polícia que o grupo teria jogado pedra e garrafas no telhado e por isso, ele saiu e atirou. A família contesta a versão e afirma que os jovens estavam conversando e o barulho teria irritado o servidor público.
“Com a arma, ele ameaçou os meninos, porque 'estavam atormentando, fazendo barulho demais’. Mandou que eles calassem a boca, como não calaram, correu atrás deles. Os colegas de Josué conseguiram avançar, só que meu filho estava de sandália, por isso, quando foi escapar, perdeu um par. Voltou para pegar e quando ele abaixou, o policial, a sangue frio, atirou na nuca. Foi à queima roupa”
Contou a mãe Ronilda Nogueira em entrevista ao G1 um dia após o crime.
Na mesma data, o advogado de defesa Warlen Freire Barbosa esclareceu que o policial penal agiu em legítima defesa.
“Era um grupo de cinco pessoas, sendo que dois teriam avançado na direção dele. O tiro foi como forma de se defender e acabou acertando um dos meninos que estava correndo”.
Justiça
Familiares e amigos fizeram uma manifestação, no dia 28 de Julho, cobrando Justiça pela morte do adolescente e saíram às ruas com cartazes e faixas.
Após a prisão do policial, a família diz que está aliviada.
“Quando eu soube que ele foi para a prisão, respirei aliviada, ganhei mais forças para continuar lutando. Eu sei que meu filho não volta, mas a Justiça vai ser feita”,
Disse a mãe Ronilda Nogueira.
“Eu sei que Deus está olhando para nós. Eu me deito todos os dias e coloco a garantia de tudo nas mãos de Deus. Ainda acredito que existem homens bons que vão fazer Justiça”
Comentou o pai.
Com Informações de: G1.
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