Andreia de Oliveira andava de moto por avenida da cidade e levava o filho de 11 anos na garupa. Ela teve lesão profunda no pescoço e faleceu no local. Linhas cortantes são proibidas por lei e denúncias podem ser feitas para a Polícia Militar pelo 190.
O marido, os dois filhos e amigos prestaram homenagem a Andreia Borges de Oliveira, de 46 anos, que morreu ao ser atingida por uma linha chilena em Montes Claros-MG.
Nesta Quinta-feira (200611), eles deixaram rosas no lugar onde o fato ocorreu. O uso desse tipo de material é proibido por lei.
Vestindo blusas com uma foto de Andreia junto com a família, o grupo fez uma manifestação e cobrou por justiça. Um irmão contou ao G1 que a moto usada por ela tinha sido comprada há oito dias. A intenção era usar o veículo para entregar os geladinhos gourmet que a dona fabricava para ajudar na renda da família.
“Não podemos perder mais ninguém, isso é um absurdo. Eu estou sofrendo, minha família está sofrendo, não podemos perder mais ninguém”
Lamentou Carlos Alberto Alves Matos, marido de Andreia.
A Polícia Militar orienta que quem presenciar alguém fazendo o uso de linhas cortantes deve fazer denúncias pelo 190, o anonimato é garantido. E destaca que os motociclistas podem fazer uso de antenas de proteção.
O grupo iniciou a concentração de frente ao Parque Sagarana, no Bairro Jardim São Luiz, e seguiu de bicicletas e motocicletas até o local do acidente, na Avenida Vicente Guimarães.
A Polícia Militar acompanhou o percurso.
No trecho onde Andreia morreu, os familiares e amigos fizeram orações, depositaram as rosas no chão e pediram o envolvimento da sociedade para tornar mais rígida a venda e o uso de linhas cortantes, que já são proibidas por lei.
“É um sofrimento muito, muito grande. Só estando aqui para saber o que é o sofrimento, pra um pai de família, perder sua esposa tão querida, esposa boa, honesta, uma pessoa que gostava de todo mundo. Eu não quero que isso aconteça com ninguém”
Desabafou o marido.
Em Minas Gerais, a Lei 23.515 de 2019 proíbe a venda e uso de linhas cortantes e prevê aplicação de multa de mil unidades fiscais.
Em caso de reincidência o valor é multiplicado por 50. O infrator está sujeito a responsabilidades civil e penal cabíveis.
Quando a linha apreendida estiver em poder de criança ou adolescente, os pais ou responsáveis legais serão notificados e o caso será comunicado ao Conselho Tutelar.
Entenda o caso
A dona de casa Andreia de Oliveira morreu na noite da última Segunda-feira (200608) quando andava de moto com o filho de 11 anos na garupa. Ela foi atingida por uma linha chilena no pescoço, teve um corte profundo e morreu no local.
O menino não se feriu.
Uma testemunha disse à Polícia Militar que viu algumas pessoas soltando pipa no local onde a mulher morreu. Um carro arrastou a linha e a vítima, que estava atrás de moto, foi atingida.
“Ela saiu para dar uma volta para mostrar a avenida nova para o filho e aconteceu essa tragédia”
Lamentou o irmão de Andreia, Rogério Borges de Oliveira.
Com Informações de: G1.
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