Características da Pantera Negra
Antes de mais nada, é preciso esclarecer uma coisa: a Pantera-negra não é uma espécie de animal. Na verdade, o termo se refere ao grupo de felinos que inclui Leão, Onça, Tigre e Leopardo com uma coloração diferente.
Essa alteração na cor dos pelos ocorre por uma propriedade biológica.
O gene agouti é o causador da situação toda, pois ele é responsável por distribuir o pigmento preto no pelo. Quando há uma anomalia genética, causando a exceção do preto, o felino é classificado como uma Pantera-negra.
O animal possui mais melanina que os outros exemplares da sua espécie, por isso é conhecido por “melânico”.
Essa mutação é o total oposto do albinismo. Enquanto o animal albino possui um índice muito baixo de melanina, deixando-o branco, o melânico a possui em excesso, dando uma coloração completamente preta.
No entanto, mesmo com essa característica, o animal ainda possui pintas ao longo do corpo, mesmo que sejam mais difíceis de serem vistas. É necessária uma iluminação específica para que elas sejam percebidas. Ao contrário do que muitos imaginam, não se trata de animais completamente pretos.
Mesmo que um exemplar de Pantera-negra cruze com um outro felino comum, as chances de nascer um filhote com a mutação genética ainda são grandes, assim como de nascer filhotes comuns.
Dois felinos com a quantidade equilibrada de melanina raramente conseguirão reproduzir um filhote com pelos negros.
Qual é o nome científico da Pantera Negra?
Por não se tratar de uma espécie exclusiva, o grupo não possui um nome próprio. No entanto, alguns cientistas consideram como uma variedade da Onça-pintada (Panthera onca).
De acordo com Vincent Kurt, biólogo do Instituto Brasileiro do Meio o Ambiente - IBAMA e dos Recursos Naturais, também pode haver uma variação de Leopardos (Panthera pardus). O Leopardo-de-Amur (Panthera pardus orientalis) é um animal extremamente raro cuja espécie já foi apontada com casos de melanismo. No mundo todo, estima-se que existam apenas cinco Leopardos-de-Amur negros.
De acordo com o estudo realizado pelo PLOS ONE, em 2012, foi constatado que existem 13 espécies confirmadas com caso de melanismo. Até agora, não se sabe nenhum caso de Leão ou Tigre que tenha sido afetado com o gene.
Onde as panteras negras vivem?
De modo geral, os felinos melânicos podem ser encontrados com mais facilidade no sudeste asiático, como na Malásia. Mas são vistos também na África, onde costumam viver em cima das árvores para atacar suas presas, e nas Américas, desde os Estados Unidos até a Argentina.
No Brasil, o que não contribui para a presença mais frequente da Onça-preta, especificamente, em nossos biomas é a própria seleção natural. Segundo os pesquisadores, os principais fatores que influenciam na ocorrência de exemplares melânicos são a umidade, temperatura, precipitação e a incidência solar.
No caso das regiões brasileiras, essas questões não são tão apropriadas, por isso não é recorrente a presença da Pantera-negra no Brasil.
Hábitos de caça da Pantera-negra
Por ter uma coloração escura, muitos podem pensar que esse animal é exclusivamente noturno como forma de camuflagem, mas as pesquisas apontam que, independentemente do horário, o felino sai para buscar comida.
Tudo depende da fome que a Pantera está sentindo.
A sua cor, inclusive, é muito desfavorável. Quando ela sai, se torna muito mais visível por ser praticamente toda preta do que os exemplares que possuem a quantidade comum de melanina. Principalmente durante o dia, a Pantera-negra é mais facilmente visualizada em meio a uma vegetação manchada.
Por ser tão feroz e raro, a Pantera-negra não é liberada pelo IBAMA para ser criada como animal de estimação. Ainda é objeto de estudo para entender melhor seus hábitos e características, pois existem poucos exemplares na natureza. Retira-los do seu habitat nas selvas para criar em casa é crime com direito a multa de mais de R$1.000,00 e pena de até um ano.
Super-herói Pantera-negra e o animal: Qual a relação entre ambos?
Os dois possuem ótimos reflexos e são considerados extremamente inteligentes. O primeiro usa essa característica para salvar o mundo, enquanto o segundo usa para caçar e se proteger-se de ataques.
A força é outra característica comum, algo natural do grupo de grandes felinos e evidente nos dois exemplos.
De acordo com Angela Cave, pesquisadora do Projeto Panthera, que visa auxiliar na conservação dos grandes felinos, o Jaguar-negro é o que tem mais destaque no grupo da Pantera-negra. Para ela, o animal é um exemplo de força e inteligência entre os felinos, traçando estratégias criativas e demonstrando um alto índice de percepção.
A Pantera-negra está extinta?
O Leopardo-negro está presente na Lista Vermelha de Espécies Ameaçadas da 'União Internacional para a Conservação da Natureza' - IUNC.
É um fato extremamente perigoso, pois, como carnívoro, o animal possui um papel essencial no que diz respeito ao equilíbrio dos ecossistemas.
Caso o número de exemplares da espécie continue diminuindo, a quantidade de animais que são predados pelo Leopardo-negro tende a aumentar e desregular completamente a cadeia alimentar.
A quantidade de animais com essa anomalia genética é tão pequena que foi apenas em 2018, após 100 anos, um exemplar da Pantera-negra foi fotografado. O grande feito ocorreu em Naikipia, no Quênia, fruto da parceria entre Nick Pilfold, cientista de San Diego, e Burrard-Lucas, fotógrafo especialista em natureza.
O registro foi publicado no Jornal Africano de Ecologia, marcando a primeira imagem do animal no século 21. O Leopardo-negro foi fotografado pela primeira vez em Addis Abeba, na Etiópia, em 1909.
Seja na ficção ou na realidade, a Pantera-negra possui inúmeras características surpreendentes!
Com Informações de: Portal dos Animais.
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