Advogada Letícia Sousa Curado foi assassinada em agosto; promotores qualificaram crime como feminicídio. Acusado é investigado por, ao menos, 10 casos de abuso sexual.
O Ministério Público do Distrito Federal denunciou o cozinheiro Marinésio Olinto, de 41 anos, pelo assassinato da advogada Letícia Sousa Curado Melo, de 26 anos. A denúncia encaminhada à Justiça nesta Terça-feira (190917) qualifica o caso como feminicídio.
O corpo da funcionária do Ministério da Educação - MEC foi localizado em 26 de Agosto, após três dias do desaparecimento (veja mais abaixo). Na época, Marinésio foi preso preventivamente e confessou o crime à polícia.
Um laudo da Polícia Civil apontou que a vítima foi morta por esganamento e não sofreu violência sexual. Até esta Quarta-feira (190918), a delegacia que investiga o caso não tinha informado a tipificação do crime.
O acusado foi chamado pelos investigadores de "maníaco em série". O secretário de Segurança Pública do DF, Anderson Torres, o trata como "serial killer".
Ao menos 10 mulheres relataram terem sido vítimas de abuso.
Após a denúncia, se o documento for aceito, o acusado se torna réu e vai ser julgado pelo Tribunal do Júri na vara de Planaltina-DF. A pena prevista para crimes de feminicídio varia de 12 a 30 anos de reclusão.
Relembre o caso
Letícia Sousa Curado Melo morava no Setor Arapoanga, em Planaltina-DF, com o marido e o filho, de 3 anos. A polícia chegou ao assassino confesso a partir das imagens de um circuito de segurança.
As câmeras mostram que às 07:42 horas de Sexta-feira (190823) a advogada entrou no carro de Marinésio dos Santos Olinto, uma Blazer prata. Ela embarcou em uma parada de ônibus, perto de casa.
Em depoimento, Marinésio disse que "ofereceu uma carona à vítima".
Letícia iria para o trabalho, no Ministério da Educação.
Ela esperava um ônibus para a Rodoviária do Plano Piloto, quando Marinésio parou a caminhonete.
Ele confessou que, no meio do caminho, assediou a advogada sexualmente. Ainda segundo Marinésio, a vítima rejeitou os avanços e ficou assustada.
Então, Marinésio enforcou Letícia. O corpo dela foi encontrado três dias depois, dentro de uma manilha, à margem de uma estrada, próximo ao Vale do Amanhecer.
O marido também tentou falar com Letícia. Por volta das 15:00 horas ele mandou uma mensagem pelo celular. Como a mensagem não foi visualizada, por volta das 18:30 horas ele foi à delegacia e registrou uma ocorrência.
Maníaco em série
Além do assassinato da funcionária do MEC, Marinésio também confessou a morte da empregada doméstica Genir Pereira de Sousa, de 47 anos. O cozinheiro ainda é suspeito de outros dez crimes de violência sexual.
Segundo o Instituto de Criminalística da Polícia Civil do DF, foram realizados pelo menos três exames que vinculam Marinésio aos crimes:
Laudo do exame do veículo GM-Blazer, que era usado por Marinésio;
Laudo do exame do local onde foi encontrado o corpo de Letícia;
Laudo do exame do local onde foi encontrado o corpo de Genir;
Com Informações de: G1.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Deixe seu comentário!
Seu nome e sua cidade são indispensável