Mandados de prisão foram cumpridos em Brasília e em cidades de Goiás e São Paulo. Ex-presidente da empresa está entre detidos.
A Polícia Civil cumpriu quatro mandados de prisão e seis de busca e apreensão, na manhã desta Quarta-feira (190703), contra suspeitos de fraudar o consórcio que administra a Usina Hidrelétrica Corumbá III, no município de Luziânia-GO, no Entorno do Distrito Federal.
Inicialmente, a polícia havia informado que eram sete mandados de prisão. Por volta das 12:00 horas, a corporação indicou que, na verdade, tratavam-se de quatro.
Nesta manhã, agentes da PCDF fizeram buscas no DF e em endereços de Goiás e de São Paulo.
Veja locais:
Guará-DF,
Luziânia-GO,
Aparecida de Goiânia-GO,
Campinas-SP,
Entre os detidos, segundo a polícia, está o ex-presidente do consórcio que administra o empreendimento. O suspeito foi preso em uma casa em Campinas-SP e não teve a identidade informada.
De acordo com a investigação, um dos gestores da hidrelétrica "superfaturava os contratos para empresas fictícias e forjava autorizações de pagamento".
Em vez do dinheiro ir para as empresas de fato contratadas, a quantia ia para outras, chamadas de "espelhos", criadas com nomes parecidos às que atuam no empreendimento, explicou o delegado Wisllei Salomão.
"Essas empresas não tinham sede em locais comerciais, eram residências e, conforme o Ministério do Trabalho, não tinham servidores. Por isso são empresas fictícias."
Para a Polícia Civil, há indícios de que o grupo celebrou contratos fraudulentos de cerca de R$7.000.000,00 entre 2013 e 2014. A investigação apontou que os valores eram transferidos para contas de laranjas ou mesmo de familiares dos envolvidos.
A operação foi comandada pela Coordenação de Repressão a Fraudes - CORF. Os detidos são investigados pelos crimes de estelionato, falsidade ideológica, falsificação de documento, associação criminosa e lavagem de dinheiro.
Agora, o próximo passo da polícia é analisar os documentos apreendidos durante a investigação.
Consórcio Corumbá III
O Consórcio Empreendedor Corumbá III entrou em funcionamento em janeiro de 2010. A sociedade é compartilhada por empresas acionistas, incluindo a Companhia Energética de Brasília - CEB.
A estatal do DF detém 37,5% de participação no consórcio.
O índice equivale a 15% do total das ações do empreendimento.
Em nota enviada ao G1, a CEB informou que a operação da Polícia Civil "não está relacionada à Energética Corumbá III". O delegado responsável pela investigação apontou que foi o próprio consórcio que alertou a polícia sobre as fraudes.
Com Informações de: G1.
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