O grupo recebeu 596 relatos de mulheres que se dizem vítimas, das quais 75 já foram ouvidas em Goiás e em outros estados.
Das 255 pessoas identificadas, 23 tinham entre 9 e 14 anos na ocasião dos fatos, 28 entre 15 e 18 anos, e 70 com idade de 19 a 67 anos, segundo os promotores que atuam na força tarefa.
Eles citam pelo menos três casos, cujos crimes envolvem estupro, violência sexual mediante fraude e estupro de vulnerável.
Para os promotores, o médium se valia da fé dos frequentadores, do respeito que tinham por ele e da fragilidade das pessoas, muitas vezes, com graves doenças, para tirar proveito da situação.
João de deus está preso preventivamente desde o dia 16, no Núcleo de Custódia de Aparecida de Goiânia-GO, a 18 quilômetros da capital. A defesa já recorreu ao Superior Tribunal de Justiça - STJ e ao Supremo Tribunal Federal - STF, na tentativa de reverter a detenção para prisão domiciliar com tornozeleira.
Interdição
A Superintendência de Saúde em Vigilância de Goiás - Suvisa fechou o laboratório que funcionava na farmácia da Casa Dom Inácio de Loyola, em Abadiânia-GO. Segundo os técnicos, no local eram fabricados medicamentos em escala industrial, sem autorização.
De acordo com informações da força-tarefa, a interdição também menciona questões de manipulação contrárias às normas sanitárias e más condições de acondicionamento de instrumento cirúrgico. Houve autuação administrativa, cujo teor será analisado pelos promotores para as devidas responsabilizações.
A imprensa de Goiás informa sobre a existência de nove inquéritos já instaurados contra João de deus, dos 16 casos denunciados à Polícia Civil até momento. Em um deles, já concluído, o médium foi indiciado por violação sexual mediante fraude.
O delegado geral que acompanha o caso, André Fernandes, destacou que um grupo trabalha especificamente para analisar as armas localizadas em uma das residências do médium. Também há avaliação das pedras preciosas e do dinheiro encontrado, inclusive em moeda estrangeira.
Busca e apreensão
Há três dias, houve nova busca na casa de atendimento do médium, em Abadiânia-GO, para complementação do levantamento estrutural do empreendimento, em operação que envolveu a Polícia Civil e a Superintendência de Vigilância Sanitária.
A promotora de Justiça Gabriella de Queiroz disse que foram apreendidos novos materiais, cuja especificação será detalhada pela Polícia Civil ao término dos trabalhos.
A força tarefa do MP foi instituída pelo procurador geral de Justiça no dia 10 de Dezembro e ampliada, tendo agora como integrantes os coordenadores dos centros de Apoio Operacional Criminal e de Direitos Humanos, Luciano Meireles e Patrícia Otoni; o coordenador do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado - GAECO, Thiago Galindo; e os promotores de Justiça Cristiane Marques, Gabriella de Queiroz (membro do GAECO), Paulo Penna Prado (subcoordenador do Centro de Apoio Operacional – CAO Criminal) e Augusto César Borges.
XVI - Matéria Seguinte: 11639 - Juiz diz que médium João de deus chefiava quadrilha.
XVI - Matéria Seguinte: 11639 - Juiz diz que médium João de deus chefiava quadrilha.
Com Informações de: MinasHoje.
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