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26 julho 2018

DISTRITO FEDERAL - Conselhos de veterinária não veem maus-tratos na hípica onde cavalo foi pintado

Entidades nacional e regional fizeram vistoria nesta quarta, mas não comentaram a atividade que gerou polêmica. Ibama ainda apura conduta.


                  Representantes do Conselho Federal de Medicina Veterinária - CFMV e do Conselho Regional do Distrito Federal visitaram, nesta Quarta-feira (180725), a hípica onde um cavalo teve o corpo pintado por crianças de uma colônia de férias, na última semana. 
                  Segundo as entidades, não há indício de maus-tratos aos animais no local.

                  Na inspeção, segundo o conselho federal, foram avaliadas as "condutas de manejo dos animais". O termo inclui, por exemplo, a limpeza das baias, o regime de vacinação, a nutrição dos cavalos e a acessibilidade nos espaços.

"Foi verificado que os indicadores de bem-estar animal estavam presentes e, preliminarmente, não foram identificados indícios de maus-tratos"
                  Diz o material divulgado pela entidade.

                  Durante a inspeção, os médicos veterinários do conselho também examinaram o estado de saúde dos cavalos da Escola de Equitação da Hípica de Brasília-DF, incluindo o animal Thor, que aparece tingido nas imagens que causaram polêmica.

                  De acordo com o presidente da Câmara Técnica de Bem-Estar Animal do conselho do DF, Jorge Caetano, a apuração ainda terá outras etapas. As conclusões serão divulgadas em um parecer técnico, que não tem prazo para ser emitido.

Outras fiscalizações

                  Na nota divulgada nesta Quinta-feira (180726), os conselhos afirmam que, apesar dessa conclusão preliminar, há outros órgãos no DF que também podem agir contra maus-tratos animais.

                  No DF, a lei mais recente sobre o tema entrou em vigor em Maio deste ano, estabelecendo punições mais rígidas para as agressões aos bichos, sejam eles domésticos ou silvestres. A lei define que o Instituto Brasília Ambiental - IBRAM e o IBAMA compartilham a responsabilidade pela apuração das denúncias.

                  No Domingo (180722), os dois órgãos foram acionados por ativistas dos direitos dos animais e fizeram uma primeira vistoria no local. Segundo o IBRAM, a análise também não identificou maus tratos.

                  A Hípica foi notificada pelo IBAMA, mas não autuada. O plano pedagógico que justificou a iniciativa será avaliado antes de o órgão tomar uma decisão. A escola também terá de apresentar um laudo veterinário para atestar as condições de saúde dos animais usados. A resposta deve sair em até cinco dias, contados a partir do Domingo.

A polêmica

                  O caso se espalhou pelas redes sociais durante o fim de semana, com uma foto que mostrava o cavalo Thor tingido de múltiplas cores. Na imagem, é possível ver que as tintas se espalharam pelo dorso, pelas patas e pelo focinho do animal.

                  Em uma nota enviada ao G1, a Hípica classifica a repercussão do caso como uma "injusta polêmica" e diz que a atividade foi idealizada com uma pedagoga parceira e um veterinário, usando tinta atóxica a base d'água.

"Essa atividade [...] produz efeitos positivos, pois as crianças se aproximam de forma mais natural do cavalo, e as que estão receosas perdem o medo"
                  Diz o comunicado.

                  Com Informações de: G1.

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