PESQUISA NESTE SITE:

22 abril 2018

UBERLÂNDIA-MG - Gilmar Machado e ex-superintendente do IPREMU deixam presídio

Eles deixaram o Presídio Professor Jacy de Assis na noite de sábado (21). Gilmar e Marcos Botelho foram presos no dia 12 de abril durante a Operação “Encilhamento” da Polícia Federal (PF).

               Com o fim do prazo das prisões temporárias, o ex-prefeito de Uberlândia-MG, Gilmar Machado (PT), e o ex-superintendente do Instituto de Previdência Municipal de Uberlândia - IPREMU, Marcos Botelho, deixaram o Presídio Professor Jacy de Assis na noite de Sábado (180421). 

               A informação foi confirmada ao G1 pelo advogado de defesa deles, Robson Divino Alves, e pela Assessoria da Secretaria de Estado de Administração Prisional - SEAP.

               Gilmar e Marcos Botelho estavam no presídio desde o dia 12 de abril, quando foram presos durante a Operação “Encilhamento” da Polícia Federal - PF
               A saída deles ocorreu por volta de 22:30 horas de Sábado.

               A defesa do ex-prefeito enviou nota à imprensa neste Domingo (180422) e informou que Gilmar já se encontra em casa ao lado de amigos e familiares. 

"Como não foi demonstrado pela Polícia Federal, em nenhum momento, que existam provas de atos ilícitos que justifiquem a custódia, o ex-prefeito Gilmar Machado e Marcos Américo foram liberados na noite deste Sábado"
               Diz trecho da nota.

               Ainda conforme a nota, "Gilmar Machado têm a absoluta certeza que todas as ações que foram realizadas por quem esteve à frente do IPREMU durante sua gestão foram feitas em conformidade com a lei, inclusive tanto os decretos como as nomeações tiveram o respaldo da Procuradoria Geral do Município. 

               O ex-prefeito espera que a Constituição seja respeitada e aguarda que tanto ele como Marcos, Cláudio e Mônica possam responder em liberdade ao inquérito que nem mesmo se transformou em ação penal. Gilmar Machado e os demais ressaltam que tem total convicção de que o Poder Judiciário haverá de reconhecer a injustiça dessas prisões".

               O prazo das prisões temporárias de Gilmar e Marcos terminava na Segunda-feira (180416). No entanto, na mesma data, as prisões foram prorrogadas por mais cinco dias. 

               Na oportunidade, de acordo com a 6ª Vara Criminal Federal de São Paulo, a decisão de prorrogação tinha ocorrido devido à complexidade do caso e por não ter concluído as investigações.

               Também na oportunidade, conforme nota enviada ao G1, a defesa do ex-prefeito disse que considerava "ilegal a renovação da prisão temporária decretada pelo juíz da 6ª Vara Federal de São Paulo. Gilmar Machado é um homem íntegro, com vida pública exemplar, conforme atestam os sete mandatos que a população lhe concedeu. A decisão não aponta conduta de Gilmar que pudesse atrapalhar as investigações e comprova que não há provas que tenham sido cometidos atos ilícitos".

Operação 'Encilhamento'

               A operação apura irregularidades envolvendo a aplicação de recursos de institutos previdenciários em fundos de investimento.

               As investigações, que contaram com o apoio da Secretaria de Previdência - SPREV, levam em consideração desvios bilionários que acarretaram dano ao erário em diversos municípios em sete estados do país.

               Em Uberlândia, além de quatro mandados de prisão, foram cumpridos cinco mandados de busca e apreensão, sendo um deles na sede do IPREMU.

               Segundo o delegado-chefe da PF de Uberlândia, Carlos Henrique Cotta D'Ângelo, um inquérito chegou a ser instaurado pela delegacia em 2013, por se tratar de crime financeiro, mas nada foi constatado. Já em 2017, novas informações chegaram ao conhecimento da polícia de que o instituto estava realmente investindo nos chamados títulos podres (fundos sem liquidez).

"Conseguimos identificar que os títulos não apresentavam valor nenhum. Era como se o instituto tivesse comprado só papel"
               Explicou o delegado-chefe da PF de Uberlândia.

               A PF identificou, até o dia das prisões, um prejuízo aproximado de pelo menos R$300.000.000,00 aos cofres do IPREMU. A polícia agora investiga se houve vantagem indevida aos investigados na operação e se há outros envolvidos no esquema.

               A PF tem prazo de até 30 dias - contáveis a partir do dia 12 de abril - para concluir o inquérito e remeter para a vara especializada em crimes financeiros, em Belo Horizonte-MG
               Também serão enviadas cópias ao Ministério Público Federal - MPF e à Promotoria de Justiça de Uberlândia.

IPREMU

               O IPREMU já foi alvo de outras investigações do Ministério Público de Minas Gerais - MPMG e da Câmara Municipal, que instaurou uma Comissão Parlamentar de Inquérito - CPI em 2017. 
               As informações coletadas pela CPI também contribuíram para o inquérito da PF.

               A apuração dos vereadores concluiu que houve ilegalidade em diversos investimentos feitos em fundos considerados de alto risco. 

               Do total das aplicações efetuadas, cerca de R$348.600.000,00 estavam alocados em mais de 20 fundos de investimento e, desses, já houve perda total ou parcial dos recursos.

               Com Informações de: G1.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Deixe seu comentário!
Seu nome e sua cidade são indispensável

JISOHDE FOTOGRAFIAS

JISOHDE FOTOGRAFIAS