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26 dezembro 2017

VICENTE-PIRES-DF - Papai Noel contratado para festa desaparece e traumatiza crianças

Caso ocorreu em Vicente Pires. Família fala em falta de profissionalismo e diz que vai acionar a Justiça.


               O que deveria ter sido uma noite mágica para crianças do Distrito Federal se tornou trauma. 
               Uma família de Vicente Pires-DF contratou um Papai Noel para animar a celebração de Natal, mas o Bom Velhinho fez travessura: Ele e o assistente não apareceram. 
               O sumiço levou 12 crianças que estavam na festa ao desespero e causou revolta a quem compareceu no evento.

“Meu filho tem 6 anos e ficou arrasado. Ele disse: ‘O Papai Noel não veio, mas falou que viria'”
               Relatou a empresária Melinna Copatti

“Minha sobrinha, de 7 anos, chegou a colocar o pijama, dormia e acordava com qualquer barulho, pensando que era o Papai Noel chegando. Criou-se uma expectativa muito grande.”


               Melinna é filha da contratante do serviço, Edna Copatti. Ela contou que a mãe desembolsou R$9.000,00 pela festa, realizada pela família todos os anos, na qual havia cerca de 40 pessoas.

 



















                 A empresária acrescentou que, na Sexta-feira (171223), a mulher pagou R$175,00 adiantados (50% do montante total) pelo horário mais caro da empresa Bom Noel – da meia-noite à 00:30 horas, responsável pelo serviço.
                 O restante ela quitaria no dia 25. 

                 Ainda segundo Melinna, Edna contratou o mesmo profissional em outras ocasiões.

                 Entretanto, o funcionário não compareceu no horário combinado. À meia-noite, as crianças se reuniram em frente à varanda em que ele apareceria e, em coro, gritavam: 

“Papai Noel, cadê você? 
Eu vim aqui só para te ver”

                 À 00:21 horas, Edna enviou mensagem de texto “estamos esperando” a um representante da empresa. 

                 Cinco minutos depois, ele respondeu que haveria atraso. A mulher afirmou novamente que estava aguardando e perguntou sobre previsão de horário. 

                 Às 00:32 horas, o homem disse: “uns 30 minutos”. Na sequência, ele pediu desculpas.

“Esse atraso não foi culpa nossa. Teve um cliente de um condomínio fechado onde todos os carros que entravam, mais de 50, estavam sendo identificados na portaria. 
Isso acabou nos atrasando e a cliente não nos disse que haveria isso”
                 Alegou, em áudio.


Frustração

                 Melinna contou que, por volta das 2:00 horas, a empresa fez contato com Edna e disse que estava a caminho da festa. A mulher, segundo a filha, afirmou não precisar mais, pois, àquela hora, já tinha perdido a paciência. 
                 Além disso, algumas crianças já estavam dormindo, frustradas por não terem visto o Papai Noel.

                 Para aqueles que ainda se mantinham acordados, o namorado de uma das filhas de Melinna se vestiu de Papai Noel, na tentativa de remediar a decepção das crianças. 

“Foi só uma brincadeira, porque as crianças perceberam logo que era ele. Ao meu filho, eu disse que o trenó estragou. Mas ele agora acha que o Papai Noel é ruim”
                 Disse.

                 Agora, Melinna recorrerá à Justiça contra a empresa. 

“A devolução do dinheiro é o mínimo, pois não vai pagar a frustração das crianças. Não houve apenas falta de profissionalismo, mas de respeito com elas”


O outro lado

                 Ao Metrópoles, um funcionário da Bom Noel contestou a versão da cliente. O homem, que não quis se identificar, reconheceu o atraso. 
                 Porém, segundo ele, houve aviso à família de que o Papai Noel e um assistente chegariam após o horário combinado.

“Ligamos duas vezes. 
Na primeira, disseram que não nos receberiam. 
Depois, chegamos no local, mas não havia ninguém. 
Não foi negligência”
                 Afirma o funcionário, dizendo não se recordar da hora em que fez a ligação.
                 Ele acrescentou que ofereceu a prestação do serviço de forma gratuita, pois o atraso superava uma hora e 15 minutos. Neste caso, o contrato prevê que “ambas as partes” (contratante e contratada) “entrarão em acordo para a prestação ou não do serviço, bem como a devolução do valor pago no caso da não prestação do serviço, por comum acordo antes do evento”
                 Ainda assim, a família não teria aceitado.

                 O funcionário também disse que vai ligar para a família na tentativa de resolver o assunto.
                 Colaborou Mirelle Pinheiro.



               Com Informações de: Metrópoles.

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