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12 novembro 2017

SÃO PAULO - Mulher com catarata é eliminada do Enem em Piracicaba ao tentar usar lupa

Estudante soube da doença entre os dois dias de prova e disse que não sabia que providência tomar. INEP disse que vai avaliar caso da candidata.


               Uma estudante de 43 anos não pôde fazer as provas do Exame Nacional do Ensino Médio - ENEM deste Domingo (171112) em Piracicaba - SÃO PAULO por ser impedida de usar uma lupa. 

               Ela descobriu que tem um problema na visão na Terça-feira (171107), depois de ter dificuldades de fazer o primeiro dia de provas, e o médico a orientou a usar o objeto para ajudá-la a enxergar melhor.

               Rina de Cássia Prates tinha o objetivo de conseguir bolsa pelo PROUNI com a nota do ENEM. Ela fez as provas de linguagens, ciências humanas e redação com muito custo, segundo ela, no último Domingo (171105). 

               Ela não conseguiu enxergar com clareza todas as questões e perdeu alguns dos textos que tinham na prova. 

"Achei que fosse algum problema com a glicose"
               Contou.

               Mesmo assim, a estudante foi até um oftalmologista na Terça-feira para verificar qual era o problema, já que os óculos não estavam mais adiantando. O choque foi descobrir que tem catarata precoce e que vai precisar de uma cirurgia. 
               Para conseguir fazer as provas do segundo dia, ela teria que usar a lupa.


               Na manhã deste Domingo, ela foi até o local de provas em Piracicaba, a Faculdade Anhanguera, e levou o atestado médico e a lupa. Antes mesmo de entrar na sala, ela falou com o fiscal e explicou a situação. 

"Ele falou com o superior dele e disse que não podia usar a lupa, mas podia tentar fazer a prova sem ela"
               Explicou.

               Mesmo com a negativa para usar o objeto, ela disse que o fiscal foi educado e tentou ajudá-la. 

"Ele disse que eu tinha que ter feito um requerimento, mas eu não sabia"
               Contou. 
               Ela preferiu não prestar o exame sem a lupa, já que teria muita dificuldade.

               Depois de sair da sala do exame, Rina procurou a reportagem do G1 para contar o que houve. 

"Poderia ter acontecido com qualquer outra pessoa por falta de orientação"
               Disse. 


               Para ela, o importante é alertar os candidatos. 
               A candidata ainda não sabe se vai entrar na Justiça ou tentar falar com o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira - INEP, responsável pelo exame, para tomar alguma providência.

               O G1 entrou em contato com o INEP, que informou em nota que a participante deveria ter acionado o instituto solicitando condição especial que necessitasse auxílio. 
               O caso será submetido à avaliação da comissão de demandas do INEP, que vai analisar o caso da candidata.

               Confira a nota na íntegra abaixo:


"A participante Rina de Cássia Lara Prates não informou, no ato da inscrição, condição especial que necessitasse de recurso/auxílio e fez a prova no dia 05/11/2017 normalmente. 

No dia 12/11/2017 compareceu ao local de provas com uma lupa e solicitou permissão para usá-la, o que não foi permitido. 

Deveria ter entrado em contato com o INEP, feito a solicitação de uso da lupa. Caso fosse deferido, poderia utilizar a lupa no dia do Exame.

O caso será submetido à avaliação da Comissão de Demandas desta Autarquia e, após a avaliação, o INEP entrará em contato com a participante para informar o que vier a ser decidido."

               Com Informações de: G1.

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