Sentença também confirmou crimes de cárcere privado e abandono. Vítima não frequentava escola e foi encontrada com quadro de desidratação e desnutrição; caso foi descoberto em 2016.
A Justiça do Distrito Federal manteve, nesta Quinta-feira (171123), a condenação de uma pastora acusada de torturar uma menina de 7 anos, mantida por quase um ano e meio em cativeiro, em uma casa em Ceilândia-DF.
A pena determinada é de 10 anos e 5 meses de detenção em regime fechado, além de mais dois anos no semiaberto.
Cabe recurso à decisão.
A criança foi encontrada pela Polícia Militar em agosto de 2016, em um quarto escuro, trancada a cadeado e com ferimentos no rosto. Ela estava deitada no chão e sem forças para se levantar.
Tempos depois foi diagnosticada com escorbuto, patologia associada a uma ausência crônica de vitamina C.
A sentença, julgada em segunda instância, cita também os crimes de cárcere privado, abandono material e intelectual. De acordo com os envolvidos no processo, a decisão afasta, no entanto, a condenação de maus tratos, que havia sido determinada em julgamento anterior.
Como o processo corre em segredo de Justiça, o G1 não conseguiu atualizar informações sobre a família da criança.
Segundo os relatores do processo, a mãe perdeu a guarda da menina desde o ano passado. O pai teria dito não saber do que se passava.
A reportagem questionou, mas também não obteve informações sobre o atual estado de saúde da vítima.
Prisões
Em agosto do ano passado, a mãe – de 44 anos – e uma mulher que se identificou como pastora e amiga da família foram presas em flagrante, suspeitas de maltratar a criança.
A religiosa de 46 anos segue presa na Penitenciária Feminina do DF - Colmeia.
Não há confirmação se a mãe permanece detida.
Quando foi encontrada, a menina recebeu atendimento do SAMU e foi encaminhada ao Hospital Regional de Ceilândia-DF, com quadro de desnutrição e desidratação.
Segundo a ocorrência, ela também reclamava de dores pelo corpo.
De acordo com um dos militares responsáveis pela ocorrência, a vítima era mantida no cômodo há cerca de dois meses. Ela não frequentava a escola e, segundo o policial, sofria maus tratos desde o início do ano.
Com Informações de: G1.
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