Clóvis Durade responde por assassinato da professora em 2015. Defesa entrou com mandado de segurança na Justiça Militar.
O sargento Clóvis Durade Cândido, acusado pelo assassinato da professora Veridiana Rodrigues Carneiro, foi expulso da Polícia Militar de Minas Gerais.
A decisão final do Processo Administrativo Disciplinar - PAD, instaurado pela corporação, ocorreu na última semana pelo governo estadual e agora o comando em Uberlândia-MG aguarda a transferência do ex-policial para um presídio comum.
O advogado de defesa do réu, Júlio Antônio Moreira, informou que foi impetrado um mandado de segurança junto ao Tribunal de Justiça Militar do Estado de Minas Gerais para tentar suspender a exclusão de Durade. A defesa aguarda o julgamento da ação que deve ocorrer em até 15 dias.
Segundo o comandante do 17º Batalhão de Polícia Militar, tenente-coronel Ailton Donisete de Souza, o réu permanecia preso em uma cela do batalhão e, com o fim do processo interno, será transferido para um presídio do Estado.
“Ele foi excluído da PMMG através do processo administrativo disciplinar que respondeu paralelamente ao processo criminal. Já demandamos a transferência dele junto à SEAP [Secretaria de Estado de Administração Prisional]. Estamos aguardando a liberação dessa vaga no sistema”
Disse.
O crime ocorreu no dia 27 de outubro de 2015, no Bairro Santa Mônica, depois que Veridiana saiu da escola onde trabalhava. As imagens de câmeras de segurança no local flagraram o policial correndo atrás da mulher e atirando várias vezes contra ela.
Treze tiros acertaram a vítima e o homem foi preso em flagrante em um bar.
De acordo com a família da vítima, Veridiana e Clóvis namoraram por um ano e o homem não aceitava o fim do relacionamento.
O PAD foi instaurado pela corporação em Uberlândia-MG em maio do ano passado e a comissão contou com três policiais militares. O relatório concluiu que, diante aos fatos, o policial não tinha condições de permanecer no cargo e teve parecer favorável do Comando-Geral em Belo Horizonte-MG e do governo estadual, em última instância.
Esfera judicial
A data do júri popular ainda não foi marcada e o processo de Durade na Justiça comum segue em tramitação.
Em uma decisão da 2ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Minas Gerais publicada em abril, o advogado conseguiu diminuir da acusação duas qualificadoras e o cliente será julgado por homicídio simples.
“Pedimos duas coisas.
Que fossem retiradas as qualificadoras do homicídio ou que ele fosse absolvido uma vez considerado semi-imputável, ou seja, estava mentalmente incapaz de premeditar o crime naquela ocasião.
Esse seria mais difícil, mas de qualquer forma já foi uma vitória”
Comentou o advogado.
Caso seja condenado, o ex-policial poderá pegar pena de, no mínimo, seis anos de reclusão abatendo o período em que ficou no presídio militar do 17° BPM.
Com Informações de: G1.
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