Com o trabalho, eles ganham direito à remição de pena. Material é distribuído para unidades prisionais de todo o Estado.
Detentos de presídios do Centro-Oeste de Minas estão produzindo roupas de cama e uniformes utilizados nas unidades prisionais do Estado. De acordo com a Secretaria de Estado de Administração Prisional - Seap, no Presídio Floramar, em Divinópolis-MG, são confeccionadas as roupas de cama utilizadas nos beliches das penitenciárias e, no presídio em Formiga-MG, são produzidos uniformes para os presos.
Os itens são feitos dentro de galpões industriais instalados nos presídios. Com o trabalho, eles ganham direito à remição de pena. Em Divinópolis-MG, 19 homens e oito mulheres produzem cerca de 11 mil peças por mês em dois galpões separados em alas masculina e feminina.
O preso José Adelmo Faria de Carvalho, de 47 anos, é responsável pela manutenção das 40 máquinas de costura do Presídio Floramar. Ele está há dois anos na produção dos lençóis, nasceu em uma família de costureiras e já foi proprietário de confecção.
"Consigo tempo para fazer a minha parte na produção e ainda consertar as máquinas quando é necessário"
Explicou José Adelmo.
Já em Formiga-MG é realizada a confecção dos uniformes. Toda pessoa que entra no sistema prisional recebe o "kit preso", que é composto por toalha, escova e pasta de dente, sabonete, desodorante, caneca, colher, uniformes e um par de chinelo preto.
Quase todo o material feito no Centro-Oeste de MG é enviado para o almoxarifado central, em Belo Horizonte, e distribuído para as unidades prisionais da Secretaria de Estado de Administração Prisional.
Economia
No ano passado, a economia gerada para o Estado com a fabricação desses produtos em comparação com preços de mercado foi de R$2.225.713,90. Ainda conforme a SEAP, o principal fator de redução do preço de cada peça está na mão de obra.
A SEAP informou que a compra dessas peças no ano de 2016 custaria ao Estado mais de R$9.000.000,00, mas quando produzidas pelos presos chegaram a cerca de R$7.000.000,00.
O subsecretário de Gestão Administrativa, Logística e Tecnologia, Wilson Gomes, disse que o trabalho também gera agilidade na aquisição e redução dos custos de transporte.
Com Informações de: G1.
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