Crime aconteceu em março, em Betim; corpo foi achado em Mateus Leme. Segundo a polícia, havia histórico de ameaça, agressão e lesão corporal.
Um homem, de 36 anos, suspeito de matar a mulher em Betim-MG, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, e depois registrar uma ocorrência de desaparecimento foi apresentado pela Polícia Civil nesta Terça-feira (160920).
Juliano Ribeiro Pinheiro, que nega ter cometido o crime, foi preso na última semana.
Eliane Braz da Silva, de 34 anos, foi assassinada no dia 4 de março deste ano, no Bairro Jardim Petrópolis.
O corpo só foi encontrado no dia 31 daquele mês, às margens da BR-262, em Mateus Leme-MG, também na Grande BH.
Segundo o delegado Otávio de Carvalho, desde a época do crime, a polícia e a família suspeitavam do companheiro da vítima, que não se confirmava com o fim do relacionamento.
Pinheiro e Eliane, que atuava como prostituta, foram casados por sete anos e tinham um filho. Conforme o delegado, o suspeito tinha conhecimento e consentimento sobre a ocupação da companheira e usufruía do dinheiro dela, atuando como “verdadeiro cafetão”. Apesar disso, ressaltou Carvalho, o homem era possessivo, agressivo e ciumento.
“Havia um histórico de agressão muito grande, que se intensificou no início deste ano. Histórico de ameaça, de agressão, de lesão corporal doméstica”
Disse Carvalho.
De acordo com o delegado, o homem teria ameaçado a companheira com faca por diversas vezes e, em uma ocasião, tentado atear fogo no corpo dela.
Carvalho também afirmou que o registro da ocorrência de desaparecimento feito por Pinheiro foi uma tentativa de criar um álibi e atrapalhar as investigações.
“Depois que a família comparece à delegacia e relata o sumiço dela, ele também o faz. Ele procura a delegacia da área e faz uma ocorrência de desaparecimento dela, o que, a princípio, soou estranho também para a polícia”
Explicou o delegado.
Ainda conforme o delegado, além do histórico de agressões, há outros indícios que levaram a polícia até o suspeito. De acordo com Carvalho, Pinheiro teria confessado o crime a uma testemunha, manchas de sangue da vítima foram encontradas no carro do casal e o rastreamento do celular do suspeito apontou que ele esteve no local onde corpo foi achado no dia do assassinato.
Para Carvalho, “as provas são cabais de autoria e materialidade do crime”.
Segundo a polícia, Pinheiro também responde por um homicídio ocorrido em 2001 e já foi autuado por porte ilegal de arma.
O suspeito foi encaminhado para o Centro de Remanejamento do Sistema Prisional - CERESP, em Betim-MG.
Com Informações de: G1.
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