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04 agosto 2016

CANÁPOLIS-MG - Mãe que tentou matar recém-nascido em hospital diz que pai não ia assumir

Jovem alegou hemorroida, mas deu à luz e jogou filho no lixo em Canápolis.
Ela responderá por tentativa de infanticídio; bebê está no HC-UFU.


              A jovem de 19 anos que tentou matar o filho recém-nascido após dar à luz no banheiro de um hospital foi encaminhada nesta Quarta-feira (160803) à cadeia pública de Canápolis-MG

              De acordo com a delegada da Polícia Civil, Anice Ahmad Mustafa Hamud, a mãe contou em depoimento que o menino nasceu no vaso sanitário e que escondeu a gravidez dos pais dela, que são evangélicos, por medo e vergonha.

"Ela disse que descobriu que estava grávida aos cinco meses de gestação. Ela falou com o pai da criança sobre a gravidez que negou assumir o filho. Como eles tinham ficado e não tinha um relacionamento estável ela contou que teve receio de falar da gravidez para os pais dela que são pastores da Igreja Evangélica Assembleia de Deus"
              Contou a delegada.

              O bebê nasceu nesta Terça-feira (160802) no hospital Santa Casa de Misericórdia de Canápolis
              A mãe que deu entrada na unidade de saúde alegando estar com dores abdominais causadas por uma possível hemorroida, deu à luz sozinha no sanitário da observação feminina e dispensou a criança em um saco de lixo.

"No depoimento a jovem contou que o menino nasceu e caiu dentro do vaso. Ela ficou com medo dele afogar, tirou o bebê da água e deixou ele cair no chão. Com a queda ele teve traumatismo craniano. Ela disse que não tentou enforcá-lo, mas no pescoço do bebê tinha arranhões. Após cortar o cordão umbilical com as unhas, ela colocou a criança no saco e dispensou no banheiro masculino"
              Relatou Anice.

              O recém-nascido, que ainda não foi registrado, foi encontrado por um paciente em um saco bem amarrado. 

              O bebê estava roxo e tinha ferimentos na cabeça, no pescoço e na boca. Ele foi transferido para a Unidade de Terapia Intensiva - UTI neonatal do Hospital de Clínicas da Universidade Federal de Uberlândia-MG - HC-UFU.

              O G1 entrou em contato com o HC-UFU que disse não poder passar informações sobre o estado de saúde do paciente devido ele estar sob a responsabilidade do Conselho Tutelar.


Inquérito
              A Polícia Civil tem até dez dias para encerrar o inquérito. A delegada disse que a jovem vai ser indiciada por tentativa de infanticídio que é a mãe que durante o estado puerperal, mata o filho recém-nascido. 

              Anice explica que estado puerperal é a mãe que, deprimida depois do parto e por causa do parto, resolve matar o filho recém-nascido. 
              A pena para o crime é de dois a seis anos de prisão.

"Após o parto pode ocorrer uma alteração física e psíquica com a mulher. Isso acarreta a redução da capacidade de entendimento delas. No caso desta mãe, caracterizou crime de infanticídio, que se assemelha a homicídio, devido ao estado em que ela se encontrava. 

O código penal tem um tratamento menos rigoroso
para estes casos"
              Explicou.

              A avó da criança foi ouvida pela Polícia Civil e afirmou não saber da gravidez da filha. O pai do bebê ainda não se manifestou para a polícia sobre o caso. 
              Nesta Quinta-feira (160804) a jovem passará por um exame no Instituto Médico Legal - IML para atestar ou não o estado puerperal.

"A mãe da jovem disse que acreditava que ela era virgem e que nunca imaginou a gravidez. Como a acusada é obesa ela disse que não notou mudança no corpo da filha. Além disso, a família disse que pretende ficar com a guarda do menino"
              Finalizou a delegada.

              De acordo com o Conselho Tutelar de Canápolis, o pai do bebê tem prioridade na guarda da criança. 

              Como ele ainda não manifestou interesse de ficar com o filho, os conselheiros irão procurá-lo nesta Quarta-feira para falar sobre o caso. 

              A avó materna do menino disse que tem interesse de ficar com a guarda, porém os conselheiros farão um acompanhamento domiciliar para estudar se ela tem condições de assumir a adoção.


PARA VER O VÍDEO, CLIQUE AQUI:

160803 <= LEIA A MATÉRIA ANTERIOR SOBRE O CASO => 160811

              Com Informações de: G1.

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