Caso é investigado pela Polícia Civil de São João del Rei.
Vítima foi atendida por homem que atuava como psicanalista na região
A Polícia Civil de São João del Rei-MG prendeu, nesta tarde de Sexta-feira (160729), um homem de 30 anos suspeito de abusar sexualmente de uma criança de 11 anos.
O caso ocorreu em Ritápolis-MG, onde o homem atuava como psicanalista clínico, mas não atenderia aos requisitos para exercer a profissão.
Além do mandado de prisão temporária, a operação policial cumpriu mandados de busca e apreensão na cidade natal do suspeito, São Tiago-MG, onde ele atua, pelo segundo mandato, como conselheiro tutelar.
O advogado de defesa Fernando Guerra disse que o homem nega o abuso.
“Devo entrar com o habeas corpus para ele responder ao processo em liberdade. Pelo que vi até agora, no inquérito, é um fato isolado que gera dúvidas”
Analisou.
O advogado também falou sobre a apuração de que o homem exercia a profissão sem atender aos requisitos necessários.
“Depende da forma como estava atendendo.
Se for como psicanalista, deveria ter um curso superior
que, pelo que sei, ele não tem.
Mas isso é desvio de função, um crime mais leve"
Falou.
Após o depoimento, o suspeito foi levado para o presídio de São João del Rei, onde está à disposição da Justiça.
Investigação
As duas cidades onde a operação ocorreu estão na área da Regional da Polícia Civil de São João del Rei.
A delegada Alessandra Azalim disse que a apuração começou após a denúncia da família de uma criança de 11 anos que foi atendida em julho, em Ritápolis, pelo suspeito.
"Essa criança relata com riqueza de detalhes como foi o abuso. Aconteceu em três sessões no mês de julho.
Ela falou para várias pessoas, para a mãe,
para as conselheiras tutelares, para familiares,
para os policiais e mantém sempre a mesma versão
da forma como o abuso ocorreu"
Explicou a delegada.
Durante a investigação, a Polícia Civil descobriu que, a princípio, ele não atende aos requisitos exigidos pelo Conselho de Psicologia e foi autuado por exercício ilegal de profissão.
"Ele disse que fez um curso técnico à distância e estava clinicando. Nós entramos em contato com o Conselho Regional de Psicologia de Juiz de Fora, responsável pela região. A conselheira nos informou que profissão não é regulamentada e que, entre os requisitos, a pessoa precisa ter curso superior para exercer. Ele só tem o segundo grau completo. Ele não poderia estar exercendo esta profissão"
Disse a delegada Alessandra Azalim.
A equipe que esteve em São Tiago fez buscas e apreensões na casa do suspeito.
“Chegamos a achar algumas coisas no computador
e máquina fotográfica.
Tudo será periciado e irá embasar o inquérito policial”
Disse o delegado Roberto Filho.
A delegada Alessandra Azalim disse que há possibilidade de que outras denúncias possam aparecer.
"Vamos continuar as investigações.
Se houver outras vítimas, as pessoas procurem a delegacia para prestar esclarecimentos sobre os fatos”
Finalizou.
A Polícia Civil tem 30 dias para concluir o inquérito.
Com Informações de: G1.
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