Segundo a delegada, o relacionamento terminou há um ano. Desde então, a mulher é perseguida pelo investigado. 'Tenho mais de 60 anotações dos dias que vi ele passando por mim, com a data e hora, e sempre perto do local onde trabalho ou da minha residência, conta a vítima.
Um engenheiro, de 42 anos, foi preso preventivamente pela Polícia Civil por desrespeitar uma medida protetiva contra a ex-namorada.
O mandado foi cumprido nesta Quarta-feira (201028) em Montes Claros-MG.
Segundo a Delegada Karine Maia, o relacionamento terminou há um ano. Desde então, a vítima é perseguida pelo investigado. A última situação, segundo a Polícia Civil, ocorreu no dia 17 de Outubro, em um shopping da cidade.
“A vítima estacionou e, ao sair, percebeu que o veículo dela tinha sido danificado. Ele causou o dano estando dentro do carro, mas percebemos que havia usado uma barra de ferro quando ele desce para colocá-la no porta-malas. A ação foi flagrada pelas câmeras do shopping”
Fala a delegada.
A barra foi apreendida e será periciada.
“Tenho mais de 60 anotações dos dias que vi ele passando por mim, com a data e hora, e sempre perto do local onde trabalho ou da minha residência”
Conta a vítima que prefere não ser identificada.
Procurada, a defesa do engenheiro preferiu não se manifestar neste momento.
Ciúmes em excesso
A mulher fala que decidiu acabar com o relacionamento após perceber que o homem tinha ciúmes em excesso. Ela cita também que o ex-namorado ligava mais de 10 vezes no dia somente para perguntar onde e com quem estava.
“Ele me abordava de maneira ciumenta sempre, perguntava de outros relacionamentos, onde eu ia, onde eu não ia”
Conta.
Desde quando a situação foi relatada pela vítima, a Polícia Civil tenta encontrar provas contra o homem. De acordo com a delegada, ele tentou fugir para evitar a prisão.
“Ele é muito articulado e sagaz. Se esquivava para não ser intimado e entende muito de tecnologia. Apesar de todas as provas, que incluem imagens das câmeras do shopping, ele nega. Mas essa situação só nos comprovou aquilo que de fato estávamos investigando, que ele vinha perseguindo a vítima”
Fala Karina Maia.
Análise mais rápida de prisões e medidas protetivas
A delegada explica que a medida protetiva foi deferida em Janeiro, mas o homem nega ter sido notificado. Em regra, as medidas valem por um ano, mas, devido à pandemia, o prazo de validade se tornou indeterminado.
Uma mudança recente tem ajudado a dar mais celeridade ao trabalho da Polícia Civil, os casos de violência doméstica não estão mais sob responsabilidade da Vara Criminal, que é a responsável por crimes mais comuns, como o tráfico de drogas e assalto.
“As prisões e as medidas protetivas fazem parte da Vara do Tribunal do Juri e estão sendo analisadas rapidamente. Nesse caso, pedi a prisão e tive a reposta em três dias. Essa rapidez gera um resultado completamente diferente e podemos dar uma reposta mais célere às vítimas.”
Com Informações de: G1.
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