Luciana de Melo Ferreira, de 49 anos, assassinada no último Sábado (21), foi enterrada nesta Quarta-feira (25). Ex-namorado, que não aceitava fim de relacionamento, está preso.
A funcionária terceirizada do Tribunal Superior do Trabalho - TST Luciana de Melo Ferreira, de 49 anos, assassinada no último Sábado (191221), foi sepultada nesta Quarta-feira (191225), em Brasília-DF. Parentes e amigos se reuniram no cemitério Campo da Esperança, na Asa Sul-DF, para se despedir.
A filha e a mãe de Luciana precisaram ser amparadas. Sobre o caixão fechado, havia apenas uma foto da mulher que conforme levantamento feito pelo G1, é a 34ª vítima de feminicídio no Distrito Federal em 2019.
Segundo a polícia, Luciana foi morta pelo ex-namorado Alan Fabiano Pinto de Jesus, de 45 anos, que não aceitava o fim do relacionamento.
O suspeito está preso.
Rosângela Ferreira, era amiga de Luciana e de Alan. Eles se conheceram em um grupo de motociclismo.
"Eu, como mulher, estou revoltada. Nada justifica tamanha violência"
Disse a comerciante.
"O sentimento de posse dos homens com as mulheres é absurdo. Temos que acabar com esse pensamento de que mulher tem que fazer as vontades do homem.”
Rosângela contou ao G1 que "Alan sempre foi meio explosivo, meio turrão". Mas, segundo ela, ninguém imaginava que ele seria capaz "de uma barbárie dessas".
Sobre Luciana, a comerciante afirmou que se tratava de uma mulher "muito alegre e que fazia amizade fácil".
Juntas, elas participaram de vários eventos de motociclismo na capital.
"Era uma pessoa do bem."
Prisão preventiva do ex-namorado foi decretada
Também nesta Quarta-feira de Natal, algumas horas antes do enterro de Luciana, a Justiça do Distrito Federal decretou a prisão preventiva, por tempo indeterminado, de Alan Fabiano Pinto de Jesus. A determinação da juíza Lorena Alves Ocampos foi dada durante a audiência de custódia do suspeito, que está internado no Hospital de Base.
A magistrada afirmou que a decisão foi baseada no histórico de violência doméstica e familiar que Luciana viveu com Alan.
"A vítima já havia registrado duas ocorrências este ano envolvendo o autor do fato. Diante deste contexto, mostram-se presentes os pressupostos – certeza da materialidade e indícios de autoria – e fundamentos para decretação da prisão preventiva do indiciado"
Afirmou a juíza.
Crime premeditado
Segundo as investigações, Luciana e Alan tiveram um relacionamento de quatro meses. Para o Delegado Ricardo Viana, o crime foi premeditado.
"Nós temos um histórico de violência doméstica e familiar."
De acordo com Viana, em Julho o vigilante destruiu a entrada do prédio onde a vítima morava após ela sinalizar que queria terminar o relacionamento.
À época, Luciana registrou ocorrência na polícia.
Em Outubro, a mulher denunciou o ex depois que ele ameaçou jogar o carro em que estavam em uma árvore "para matar os dois".
Alan chegou a ficar preso por três dias.
Ao sair da cadeia, uma medida protetiva impediu o vigilante de se aproximar da ex. A Justiça determinou ainda que ele usasse tornozeleira eletrônica.
No entanto, de acordo com o delegado, Luciana concordou que ele retirasse a tornozeleira no começo de Dezembro.
"Com a revogação, o suspeito do crime aproveitou para se aproximar da vítima"
Aponta Viana.
Câmeras flagraram vigilante entrando no prédio da ex-namorada
As câmeras de segurança do prédio onde Luciana de Melo Ferreira morava registraram imagens do ex-namorado dela entrando e saindo do local, no último Sábado (191221).
A polícia acredita que a mulher foi morta naquele dia.
A gravação mostra Alan chegando ao local às 20:33 horas do último Sábado (191221).
A mulher chegou às 22:30 horas.
Alan, que esperava no terraço, viu a ex-namorada e desceu as escadas, até o apartamento dela.
Menos de 30 minutos depois, ele foi embora.
Com Informações de: G1.
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