De acordo com balanço da equipe de transição, mais de 3.000 cargos de chefia no Governo de Minas são indicações políticas.
A equipe de transição do governador eleito Romeu Zema (NOVO) divulgou nesta Quarta-feira (181205) relatório criticando o alto número de cargos de chefia no governo estadual preenchidos por indicações políticas.
Segundo o levantamento, sem contabilizar indicações para empresas públicas, mais de 3.000 cargos à frente de secretarias são comissionados e com altos salários.
“Temos 13.500 chefias dentro do estado de Minas Gerais nomeados pelo governador. Destas, 25% são ocupadas por pessoas que não fizeram concurso público, são nomeações políticas do governador para ocuparem mais de 3.300 vagas.
Isso somente em cargos de chefia”
Afirmou o vereador licenciado Mateus Simões, que coordena a equipe de transição do próximo governo.
Além dos cargos nas secretarias, Simões afirmou que o número de indicações nas empresas públicas mineiras também impressionou a equipe que faz levantamento sobre todas as despesas do governo estadual.
Na CEMIG, segundo ele, são mais de 700 pessoas empregadas sem concurso em funções de chefia, direção e assessoramento, com um salário médio de R$38.000,00.
“Isso significa que estamos falando de aproximadamente R$500.000.000,00 de custo de folha anual, com os indicados do governo, só dentro da CEMIG”
Diz.
O coordenador da transição avaliou que a situação não é “menos estarrecedora” em relação à CODEMIG, onde os gastos com indicações políticas também foram citados como desperdício de verbas públicas.
“São mais de 35 pessoas com salários mensais superiores a R$30.000,00, numa empresa que não produz nada. A folha da CODEMIG é de R$3.000.000,00, uma empresa que não produz nada, apenas administra recebimentos”
Afirma Mateus Simões.
Outro caso citado por Simões é da MGS, em que os funcionários são “dispensados" de registrar o ponto eletrônico, apenas assinando folha de presença.
Ele ressalta que as estruturas das secretarias e estatais já estavam inchadas quando o atual governo assumiu, mas que, nos últimos quatro anos, durante o governo de Fernando Pimentel (PT), os gastos e indicações políticas continuaram crescendo mesmo com a situação financeira do estado comprometida.
Redução de 25% na folha
Por meio de nota, a CEMIG informou que desconhece a fonte de tais informações e não comentará assuntos relativos à transição. A companhia esclareceu que tem "implantado um vigoroso plano de redução de despesas, tendo diminuído os custos de sua folha em aproximadamente 25% nos últimos três anos".
"Os cargos de recrutamento amplo da CEMIG são cargos de confiança, de nível gerencial e seus empregados, de diferentes perfis profissionais, com atribuição de prestar auxílio direto, interno e externo aos dirigentes da empresa em questões estratégicas.
No terceiro trimestre deste ano, havia 33 cargos de empregados ad nutum, em um universo de mais de 6.000 empregados próprios da CEMIG"
Diz a nota.
Com Informações de: Em.
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