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01 dezembro 2018

BRASÍLIA-DF - Padre Fábio de Melo fala sobre a crise de pânico e a depressão e como vem lidando com a doença

Fábio de Melo abre o jogo em conversa com o Correio: 'O que me faz celebridade é o Evangelho que anuncio'.

                      O mineiro Fábio José de Melo Silva convive com a depressão e a ansiedade. As doenças do mundo moderno não chamariam tanto a atenção se a pessoa que sofre com elas não fosse alguém religioso e de sucesso. 

                      Padre Fábio de Melo mostrou que esse tipo de situação pode atingir qualquer um, mas também provou que é possível se tratar com especialistas e, no caso dele, com muita fé. Às vésperas de completar 48 anos, 17 deles dedicado ao sacerdócio católico e desde 1997 voltado para o apostolado da música, ele não teve medo de confessar os problemas. 
                      E fez mais: usou a superação para ser testemunho da religiosidade, assim como faz com a música.

“Aprendi muito com tudo o que vivi”
                      Conta ele, em entrevista ao Correio

                      Com palavras de esperança e sempre atento à responsabilidade que tem com a evangelização, padre Fábio de Melo diz que tenta diminuir o ritmo de vida para se cuidar e continuar com o trabalho. Hoje, o religioso se apresenta em Brasília-DF com o show O amor me elegeu. 
                      Confira a conversa que ele teve com o jornal.

Padre Fábio de Melo

                      Show da turnê O amor me elegeu do Padre Fábio de Melo. No Yurb (SCES, Tc. 2). Hoje, às 19:00 horas (abertura dos portões) e às 22:00 horas (show). 
Entrada a R$60,00 (pista), 
R$100,00 (camarote), 
R$600,00 (mesa setor D), 
R$800,00 (mesa setor C), 
R$1.000 (mesa setor B) e 
R$1.200,00 (mesa setor A). 
                      Valores de meia-entrada. 
                      Menores de 14 anos devem estar acompanhados dos responsáveis.

Como e quando o senhor decidiu ser padre?

                      Em 1987, fui conhecer o seminário de Lavras-MG e, no ano seguinte, já estava lá. 
                      Cresci numa família muito religiosa. 
                      A figura do padre sempre disse muito ao meu contexto cultural. 
                      Eu via no padre uma pessoa feliz, realizada, fazendo o bem às pessoas. 
                      Quis ser também.

                      Qual a importância da música na sua missão de evangelização?
                      A música me dá oportunidade de melhorar o mundo. Eu creio no poder da palavra para mim e para os outros. Palavras mal ditas possuem o poder de nos destruir. 
                      Palavras bem ditas exercem poder contrário.

E seus projetos para 2019?

                      Continuar meu trabalho de evangelização. 
                      Talvez, gravar um novo DVD para 2019.

                      O que é ser cristão neste mundo em que o ódio se transforma até em patrimônio político?
                      A virtude do cristão é a esperança. 
                      Eu acredito que a palavra de Jesus é de devolução. 
                      Só ela pode nos devolver a paz, a caridade, a partilha e um mundo melhor.

                      Qual a diferença entre o padre Fábio de Melo celebridade e o padre Fábio de Melo religioso?
                      Nenhuma. 

                      O que me faz celebridade é o Evangelho que anuncio. 
                      Eu não consigo pensar o que sou, o que faço sem pensar no que creio. As minhas ações são desdobramentos de minhas convicções de fé.

                      O senhor está chegando aos 50 anos. Nessa trajetória de vida, o que o fez mais sofrer e o que lhe deu mais felicidade?

                      Enfrentei crise do pânico e um quadro depressivo. Foi o pior momento da minha vida. Minha maior alegria é quando escuto alguém dizer que o meu trabalho lhe fez ser alguém melhor.

                      A depressão é um mal do mundo moderno, que deveria ser o mundo das conexões e dos encontros. Como enfrentar essa doença contemporânea? Como o senhor a venceu?

                      Aprendi muito com tudo o que vivi. Tristeza não é doença, mas quando se estende no tempo, pode ser. É preciso estar atento à duração dela em nós. Continuo o acompanhamento médico e tenho tentado diminuir meu ritmo de vida.

                      Com Informações de: CorreioBrasiliense.

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