Inquérito foi instaurado em Uberlândia e pretende ver se concessionária segue contrato. Pai, mãe e filho mais velho morreram e menino de 6 anos sobreviveu. MGO se posicionou.
O Ministério Público Federal - MPF instaurou um inquérito para apurar as condições de segurança da BR-050 no trecho onde aconteceu um acidente que resultou na morte de uma família de Campinas-SP.
Pai, mãe e filho não resistiram e morreram no local, na rodovia entre Araguari-MG e Uberlândia-MG. Os corpos foram encontrados dois dias depois do acidente. Outro filho do casal, Benjamin Monare, 6 anos, sobreviveu. Ele foi visto deitado na rodovia por um motorista que transitava pelo local.
O procurador da República, Cléber Eustáquio Neves, explicou que o inquérito pretende apurar se a concessionária MGO Rodovias segue os conceitos de segurança estabelecidos no contrato.
"Nós vamos verificar se a empresa segue as normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas - ABNT. Essas normas infelizmente no Brasil não são obrigatórias e para serem obrigatórias a Agência Nacional de Transportes Terrestres - ANTT deveria fazer no contrato de concessão que as concessionárias devem observar essas normas.
Na BR-050 está tudo fora dessa norma e essa a razão da maioria dos acidentes sejam com vítimas fatais"
Explicou Cleber.
De acordo com a MGO, o trecho da rodovia em que o acidente ocorreu estava, até maio de 2017, sob a gestão do Departamento Nacional de Infraestrutura Terrestre - DNIT.
A empresa disse ainda que a assessoria jurídica está analisando o contrato para saber quais medidas deveriam ser tomadas para a segurança no local. A MGO ressaltou que acompanha as apurações e colabora com as investigações da Polícia e também vai colaborar com os pedidos do Ministério Público Federal - MPF.
'Escalei uma montanha a noite toda'
Disse menino que sobreviveu a acidente.
Investigações
A Polícia Civil também abriu inquérito para o caso.
Segundo o delegado da Polícia Civil, Rodrigo Faria, existe uma investigação sobre o envolvimento de outro veículo no acidente.
O carro da família foi periciado e a necrópsia também vai confirmar se as vítimas morreram na hora ou não.
O resultado deve ficar pronto este mês.
Ainda conforme Rodrigo, no carro da família foi verificada uma marca nítida entre a porta dianteira e a traseira.
"Essa marca pode caracterizar um pneu, por isso foi retirada essa parte do outro veículo.
O que vamos identificar agora é quem teria gerado o acidente"
Disse o delegado.
Testemunhas disseram em entrevista à TV Integração que viram o acidente e que um outro veículo estava envolvido. Um casal chegou a avisar a concessionária sobre o ocorrido, mas o veículo da família de Campinas caiu numa vala em um barranco na lateral da pista, e não havia sido localizado.
LEIA MAIS SOBRE O CASO DA FAMÍLIA MONARE:
Matéria Anterior - [02] - 181009 - AQUI.
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Com Informações de: G1.
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