Juliana fez exame de sangue, que descartou uma suspeita de gravidez levantada pela defesa. Ela foi presa no dia 20 de abril, acusada de ter sido omissa.
A pastora Juliana Sales, presa pela morte dos filhos Joaquim e Kauã, que foram carbonizados em um incêndio em Linhares-ES, no Espírito Santo, continua no presídio de Teófilo Otoni-MG, em Minas Gerais, nesta Sexta-feira (180713).
Nesta manhã (13), Juliana passou por um exame de sangue, que descartou a suspeita de gravidez levantada pela defesa dela na Quarta-feira (180711).
Segundo a Secretaria de Administração Prisional de Minas Gerais - SEAP-MG, ainda não há previsão para que ela seja transferida para o Espírito Santo.
Os filhos da pastora morreram em um incêndio no dia 21 de abril, em Linhares. Juliana e o marido, o pastor Georgeval Alves, estão presos acusados pelo homicídio dos meninos.
George, que é pai de Joaquim e padrasto de Kauã, foi acusado de estuprar, agredir e queimar as crianças. Já Juliana foi presa porque, segundo o juiz, foi omissa e sabia dos abusos que as vítimas sofriam.
Ordem de prisão
A ordem de prender a pastora partiu do juiz André Dadalto, da 1ª Vara Criminal de Linhares. De acordo com a decisão, Juliana sabia dos desvios de caráter do marido, e mesmo assim apoiava os planos dele de se promover na igreja.
Pastora virou ré porque foi omissa, diz promotora
Para o Ministério Público, assassinar os próprios filhos estava nos planos do casal. Seria uma tragédia a ser usada pelo pastor para se promover na igreja.
“O pastor George, em parceria com a pastora Juliana, buscava uma ascensão religiosa e aumento expressivo de arrecadação de valores por fiéis e, para esta finalidade, ceifou a vida dos menores Kauã e Joaquim para se utilizar da tragédia em seu favor”
Diz a decisão.
Juliana também estava ciente sobre as diferenças de tratamento que George dava para os filhos e o enteado. A decisão diz que George deixava faltar alimento, medicamento e atendimento médico para as crianças.
O caso
Joaquim, de 3 anos, e Kauã, de 6 anos, morreram carbonizados dentro de casa, em Linhares, no dia 21 de abril. O marido de Juliana, o pastor George Alves, foi acusado de estuprar, agredir e queimar as crianças vivas.
O terceiro filho da mulher não estava na casa no momento do crime.
Com Informações de: G1.
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