Jefferson Silva registrou uma fila com cerca de 300 filhotes de caranguejeira; incomum entre as aranhas, o movimento pode ter sido uma estratégia de defesa.
Para observadores de aves e moradores de áreas rurais é comum se deparar com animais atravessando estradas. Tamanduás, cobras e onças já foram registradas cruzando o caminho dos carros, mas Jefferson Silva fez um flagrante raro.
Cerca de 300 aranhas caranguejeiras atravessavam a estrada de terra do Morro Reuter no Rio Grande do Sul enquanto o fotógrafo fazia uma passarinhada pela região.
Os animais eram filhotes e estavam enfileirados.
“Eles andaram por alguns minutos sem sair da fila. Na hora a euforia foi maior e acabei fazendo só um registro, mas com certeza eram mais de 300 filhotes de aranha”
Conta Jefferson, que se surpreendeu com o encontro.
“Nunca tinha visto nada parecido.
Fiquei muito empolgado com o que vi.
Fotografar ocasiões como essas é sempre muito legal”
Completa.
De acordo com o biólogo André Yansen o registro de aracnídeos agrupados é um comportamento incomum.
“Existe a possibilidade de serem filhotes recém-nascidos que, após a eclosão da ooteca (rompimento da bolsa de ovos), se perfilaram na tentativa de ficarem menos vulneráveis aos predadores durante o deslocamento para um local mais seguro”
Explica o biólogo.
André reforça ainda que a cooperação entre os invertebrados é mais recorrente entre os himenópteros, ordem que compreende as formigas, e pouco comum entre os aracnídeos.
A Caranguejeira (Vitalius dubius) é considerada um dos maiores aracnídeos do mundo.
A espécie vive em florestas tropicais e em regiões áridas da América Central e América do Sul.
De patas negras e peludas, mede cerca de 20 centímetros e, apesar da aparência, é inofensiva ao homem.
O veneno da Aranha-caranguejeira só possui atividade nos insetos, anfíbios e pequenos répteis, presas que compõem a dieta da espécie.
Com Informações de: G1.
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