De acordo com o Ministério Público, gerente autorizava que compras do hospital fossem realizadas na empresa na qual era sócio; esposa do gerente é sócia na empresa e também é investigada.
O Ministério Público de Minas Gerais - MPMG divulgou na tarde desta Terça-feira (180403) a prisão do gerente administrativo da Fundação Hospitalar de Janaúba-MG - FUNDAJAN.
A prisão, que teve o apoio da Polícia Militar, foi durante a primeira fase da Operação Metástase, também nesta terça, que apura fraudes em compras feitas pela Fundação.
De acordo com o MP, o gerente autorizava que compras do hospital fossem realizadas na empresa na qual era sócio com a esposa, que também é investigada.
"Para tanto, em alguns casos, apurou-se que eram lançados valores relativos ao frete nas empresas concorrentes, mesmo quando já constante na oferta, fazendo com que a empresa dos investigados saísse vencedora"
Diz o MP.
Durante a operação foram cumpridos ainda mandados de busca e apreensão no escritório do gerente, na casa e na empresa dele. O MP suspeita que o gerente administrativo tenha destruído provas durante a investigação.
Ele e a esposa foram afastados dos cargos e proibidos de manter contato com funcionários ou se aproximarem da Fundação.
Intervenção
O MP informou ainda que ajuizou nesta Terça-feira "um pedido de tutela antecipada, requerendo na Fundajan o afastamento de todo o conselho diretor e nomeação de comissão interventora".
A investigação, segundo o MP, apontou diversas irregularidades, como ausência nas prestações de contas, contratação de empréstimos abusivos, deficiência nas escalas de plantão, suspensão de cirurgias eletivas, perseguição e assédio moral.
O que diz o hospital
O atual diretor da FUNDAJAN, Bruno Ataíde Santos, afirmou que acompanhou a ação no hospital nesta Terça-feira. Ele diz que está no cargo interinamente desde o mês de Dezembro de 2017, mas neste período verificou diversas irregularidades.
"Foi uma saída repentina da antiga diretoria.
Fui instituído com diretor interino até mesmo para que o hospital não fechasse as portas.
Percebemos diversas irregularidades dentro do hospital e todas foram repassadas ao MP.
Quanto a este servidor, que está lá há mais de 20 anos, será desligado imediatamente e estamos colaborando com a Justiça, fornecendo documentos e tudo que precisarem."
O G1 procurou o advogado de defesa do gerente preso, mas, até esta publicação, ninguém foi localizado.
Com Informações de: G1.
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