Assassinatos ocorreram após confronto entre os próprios presos, diz SEAP. Corpos foram carbonizados. Motim foi provocado por invasão de grupo a alas rivais.
Detentos do regime semiaberto fizeram uma rebelião na tarde desta Segunda-feira (1800101) na Colônia Agroindustrial, no Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia, Região Metropolitana da capital de GOIÁS.
Em nota divulgada nesta noite, a Superintendência Executiva de Administração Penitenciária - SEAP informou que nove presos morreram, 14 ficaram feridos.
Todos foram levados ao hospital, receberam atendimento e já retornaram à unidade.
A quantidade de óbitos já havia sido passada ao G1 pelo coronel Divino Alves, comandante da Polícia Militar de Goiás. Ainda conforme a SEAP, uma rixa entre grupos rivais provocou o motim e os homicídios.
Durante o confronto, eles atearam fogo à cadeia e os corpos foram carbonizados.
A perícia realizada o trabalho de identificação.
A SEAP destacou ainda que 106 presos fugiram no momento da rebelião, sendo que 29 já foram recapturados.
Outros 127 deixaram o presídio por conta da confusão, mas retornaram voluntariamente quando a situação se acalmou.
A rebelião começou por volta das 14:00 horas e foi controlada duas horas depois.
Rixa entre alas
A SEAP informou que a rebelião foi provocada depois que presos da ala C invadiram as alas A, B e D, onde ficam detentos rivais.
Neste momento, a unidade prisional foi incendiada.
Os bombeiros foram acionados para atuar no combate ao fogo, que formou uma grande nuvem de fumaça.
Agentes do Grupo de Operações Penitenciárias Especiais - GOPE atuaram no local com apoio do Batalhão de Choque e do Grupo de Radiopatrulha Aérea - GRAER, ambos da vinculados à Polícia Militar.
Reclamações
Parentes de detentos da Colônia Agroindustrial estiveram na porta do presídio durante a rebelião para saber se algum deles havia se ferido. A mãe de um dos presos conseguiu ver o filho, mas muitas ficaram desesperadas por informações.
Na ocasião, os familiares disseram que os presos pedem por melhores condições de alimentação e higiene na penitenciária.
“O lanche da manhã não dá para todos. A água desce três, quatro vezes por dia. Os caras ficam com coceira, bicheira aí dentro”
Afirmou uma das parentes.
A avó de um dos detentos comentou que soube que o neto estava passando por dificuldades devido à falta de estrutura do local.
“Faz quatro dias que eles estão sem água, sem beber nada, sem comer”
Reclamou.
Procurada pelo G1, a assessoria da SSPAP informou que só irá se posicionar a respeito das reclamações durante entrevista coletiva na Terça-feira (180102).
Com Informações de: G1.
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