Estudante de 14 anos disparou na sala de aula do 8º ano, no Colégio Goyases. Tiros deixaram dois alunos mortos e quatro feridos.
Os tiros disparados por um aluno contra colegas do 8º ano, no Colégio Goyases, chocou moradores de Goiânia- GOIÁS.
Ao atirar na sala de aula, um adolescente de 14 anos deixou dois estudantes mortos e quatro feridos, na Sexta-feira (171020).
Filho de policiais militares, o autor segue apreendido em um Centro de Internação.
Veja abaixo o que já se sabe no atentado na escola de Goiânia:
Quando e onde aconteceu?
Os tiros foram disparos às 11:50 horas, no intervalo entre as aulas de ciências e gramática.
O aluno estava na sala do 8º ano do Ensino Fundamental, localizada no terceiro e último andar do Colégio Goyases, no Conjunto Riviera.
A escola tem turmas do 1º ao 9º ano do Ensino Fundamental, com alunos de idades entre 6 e 15 anos.
Quem é o autor dos tiros?
O autor dos disparos se trata de um adolescente de 14 anos que cursa o 8º ano do Ensino Fundamental.
Ele é filho de policiais militares.
Uma funcionária da escola disse que ele era um ótimo aluno. Já alguns colegas contaram que o colega lia livro satânicos.
Como o aluno agiu?
Segundo a Polícia Civil, o estudante pegou a arma da mãe e levou para a escola dentro da mochila. Ao sacar a arma na sala, ele efetuou um disparo acidental quando ela ainda estava dentro da bolsa. Em seguida, retirou a pistola da mochila e atirou diversas vezes
De acordo com os policiais, ele descarregou um cartucho, carregou o segundo, deu um tiro, mas foi abordado pela coordenadora.
A funcionária da escola o levou para a biblioteca e o convenceu a travar a arma até a chegada dos policiais militares.
Como os colegas reagiram?
Estudantes do 8º ano disseram que, inicialmente, acharam que o barulho se tratava de um balão estourando.
Quando se deram conta que eram tiros e viram o colega atirando, saíram correndo da sala, em pânico.
Uma técnica de enfermagem que participou do resgate dos baleados disse que a sala estava revirada.
Quantos alunos morreram?
Dois estudantes morreram no local: João Vitor Gomes e João Pedro Calembo, ambos de 13 anos.
Segundo o Instituto Médico Legal, eles foram baleados na cabeça.
Os corpos deles foram enterrados no Sábado (171021).
Quantos alunos ficaram feridos?
Quatro alunos, sendo três meninas e um menino, ficaram feridos e foram socorridos.
Hyago Marques recebeu alta no Domingo (171022) e já se recupera em casa.
Duas meninas seguem internadas no Hospital de Urgências de Goiânia - HUGO: Isadora de Morais, de 14 anos, que está paraplégica, e Marcela Rocha Macedo, de 13 anos, que tem quadro de saúde regular.
Já a estudante Lara Fleury Borges, de 14 anos, foi levada ao Hospital de Acidentados, onde seguiu internada até Terça-feira (171024), quando recebeu alta médica.
Qual a arma usada?
A Polícia Civil informou que o aluno atirou com uma pistola .40, de uso da Polícia Militar.
A arma, que foi apreendida, pertence à mãe dele.
Qual o motivo do crime?
Segundo o titular da Delegacia Estadual de Apuração de Atos Infracionais - DEPAI, o delegado Luiz Gonzaga Júnior, o adolescente disse em depoimento que sofria bullying.
Colegas confirmaram que o autor dos disparos era vítimas de piadas maldosas.
“Ele sofria bullying, o pessoal chamava ele de fedorento, que não usa desodorante”
Contou um aluno de 15 anos.
O estudante disse que planejou o crime por dois meses. Além disso, revelou que se inspirou nos massacres de Realengo, no Rio de Janeiro, e de Columbine, nos Estados Unidos.
Seis passos básicos contra o bullying:
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O que a escola diz?
O colégio está fechado.
Uma coordenadora disse, por telefone, que toda a equipe está “consternada” e que a administração da escola não irá se manifestar por enquanto.
O Sindicato dos Estabelecimentos Particulares de Ensino - SEPE de Goiânia junto ao Conselho Estadual informou que está dando todo apoio à escola e aos parentes dos alunos da instituição.
O que aconteceu com o autor dos disparos?
Após ser apreendido, o adolescente foi levado para a Delegacia de Polícia de Apuração de Atos Infracionais - DEPAI. Ele deixou a unidade na Segunda-feira (171023) e seguiu para um Centro de Internação.
O Ministério Público do Estado de Goiás - MP-GO havia solicitado a internação provisória do estudante.
O pedido foi acatado pela juíza plantonista Mônica Cézar Moreno Senhorello, que determinou, no Sábado (171021), a internação provisória do aluno por 45 dias.
Com Informações de: G1.
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