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22 agosto 2017

DISTRITO FEDERAL - Justiça condena médico que prometeu curar câncer com tratamento alternativo

Paciente recebeu diagnóstico fatal ao procurar hospital quando quadro piorou. Profissional nega irregularidade e deverá pagar R$ 200 mil por danos morais e negligência.


               Justiça do Distrito Federal condenou um médico que faz tratamento ortomolecular que prometeu curar um câncer de uma paciente. Como não surtiu efeito, o estado de saúde de Miriam Mendonça piorou, e ela acabou morrendo.
              O processo foi movido pela família. 

              Na sentença, o juiz manda o médico Herval Cavalcanti pagar indenização de R$200.000,00 por danos morais e negligência a devolver o dinheiro investido no tratamento contra câncer nas glândulas salivares. 
              Cabe recurso.


              Ao longo do processo, o juiz lembra que Miriam pagou por todos os medicamentos e procedimentos indicados pelo médico: aplicações de células-tronco, soros de desintoxicação, kits tônicos para imunidade e para o fígado. 
              O custo total é de R$27.000,00.

              Durante o tratamento, o médico afirmava que estava percebendo clara melhora e diminuição da lesão. Mas em setembro de 2016, Miriam foi ao Hospital de Base, onde recebeu este diagnóstico: 

“diante da gravidade da doença, não havia mais chances de realizar tratamento cirúrgico”.

“O que restou comprovado é que o tratamento não tinha eficácia e não tem nada mais objetivo do que a própria morte que infelizmente veio acontecer”
              Declarou o defensor público Antonio Carlos Cintra, que atuou pelos interesses da família.

              Por telefone, o médico Herval Cavalcanti negou que tenha prometido a cura da paciente. 
“Eu não trato câncer, nunca tratei e não vejo como tratar em terapia ortomolecular um tumor, principalmente como o dela.”

              No site do médico, aparece que ele é especializado em cardiologia e tem mais de 30 anos de experiência em medicina ortomolecular. 
              A promessa é de emagrecimento.


              Para especialistas, o tratamento alternativo – até espiritual – é muito importante para os pacientes, por dar uma forma a mais de segurança. No entanto, alertam que isso não significa deixar o tratamento tradicional deixado de lado.

              O Conselho Regional de Medicina declarou que não foi notificado sobre o caso. Também afirmou que o médico já chegou a ser suspenso e censurado publicamente por três vezes.

              Com Informações de: G1.

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JISOHDE FOTOGRAFIAS

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