MONTES CLAROS-MG - Operação aponta indícios de insalubridade em clínica de dependentes químicos

Clínica de internação em Montes Claros era investigada por maus tratos. Proprietário chegou a ser preso, mas pagou fiança de R$15.000,00 e liberado.

              A operação conjunta entre o Ministério Público e a Polícia Civil apontou indícios de insalubridades na clínica particular de internação de pessoas com dependência química e deficiência intelectual em Montes Claros-MG.

              Desde o ano de 2013 a clínica vem sendo denunciada por maus-tratos aos internos. Em janeiro deste ano, a clínica assinou um Termo de Ajustamento de Conduta - TAC junto ao MP e algumas medidas deveriam ser tomadas para regularização dos serviços prestados.

              Até esta regularização, segundo o MP, a clínica estava impedida de receber novos internos, mas estava descumprindo esta determinação.

“Hoje identificamos a entrada 

de alguns internos 

de forma involuntária 

e isso não foi comunicado 

ao Ministério Público. 

Conforme a legislação, 

toda internação involuntária 

deve ser comunicada ao MP. 

E foi constatada que eles 

admitiram cerca de 20 pessoas 

e não comunicaram o MP, 

obviamente, porque existia o TAC. 

Esta foi a principal irregularidade encontrada lá”

              Afirma o promotor Rodrigo Wellerson.

              A ação cumpriu mandados de busca e apreensão na manhã desta Terça-feira (170425) na sede da clínica e, segundo a PC, na residência do proprietário da clínica foi encontrada uma arma de fogo. Ele foi preso e encaminhado à delegacia, mas pagou fiança de R$15.000,00 e liberado.

              Marcas de tiros também foram identificadas em muros da clínica.

“Foi solicitada a presença 

da perícia policial e Vigilância Sanitária no local. 

Através deste levantamento 

foram identificadas marcas 

nas paredes, proferidas por projeteis de arma de fogo. 

Também foi identificada a insalubridade do local devido à precariedade da estrutura física 

ali disponibilizada aos internos”

              Explica o delegado regional Jurandir Rodrigues.

              O delegado explica ainda que um inquérito policial foi instaurado para investigar denúncias de maus-tratos, cárcere privado e também de sequestro.

              Com Informações de: G1.